Em nota pelo Dia Internacional do Mulher, o PPS e a Coordenação de Mulheres do partido reafirmam o compromisso com a luta das mulheres, e chamam a atenção para a questão da "sub-representação política feminina como um dos maiores inimigos da igualdade e da democracia de fato".
Segundo a Coordenação de Mulheres, "o intuito do 8 de Março não é só comemorar, mas, também, e sobretudo, questionar o papel da mulher na sociedade e tentar superar o preconceito".
Para a ala feminina do PPS, "cabe aos partidos democráticos combater o problema acolhendo mais e melhor as mulheres, respeitando a lei de cotas e assumindo as demandas da coletividade feminina como diretrizes políticas".
Leia abaixo a íntegra da nota.
O PPS, o 8 de março e a luta pela emancipação feminina
“O grau de emancipação da mulher numa sociedade é o barômetro natural pelo qual se mede a emancipação geral.” Charles Fourier
Em 8 de Março de 1857, cerca de 130 operárias americanas eram queimadas em uma fábrica de Nova Iorque. Seu crime? Reivindicar melhores condições de trabalho e equiparação de salários com os homens, que recebiam até três vezes mais.
Cerca de um século e meio depois, os direitos das mulheres não parecem ser reconhecidos como direitos humanos. Apesar de conquistas como inserção no mercado de trabalho, exercício do voto, aumento da escolaridade, vitórias legais como a normatização do atendimento ao aborto legal no SUS, o salário maternidade e a Lei Maria da Penha, mulheres ainda recebem menos que os homens, não são donas de seus próprios destinos na maioria dos países, enfrentam dupla jornada de trabalho e ainda são impunemente agredidas.
A marginalização das mulheres no campo da política institucional, por sua vez, tem nos assustado. No Brasil, as mulheres são somente 11% dos governadores, 14% dos senadores, 8% dos deputados federais, 12% dos vereadores e 9% dos prefeitos hoje.
Neste dia tão importante, a Coordenação Nacional de Mulheres do PPS chega a mais de um ano de luta pela consolidação dos direitos já garantidos e pela conquista de tantos outros, aproveitando para apontar a sub-representação política feminina como um dos maiores inimigos da igualdade e da democracia de fato.
O intuito do 8 de Março não é só comemorar, mas, também, e sobretudo, questionar o papel da mulher na sociedade e tentar superar o preconceito. Cabe aos partidos democráticos combater o problema acolhendo mais e melhor as mulheres, respeitando a lei de cotas e assumindo as demandas da coletividade feminina como diretrizes políticas.
Assim como afirmou Betinho, “a democracia serve para todos ou não serve para nada”, queremos uma democracia que sirva cada vez mais a mulheres e homens. Para isso, precisamos de maior representação feminina na política para superar a desigualdade de gênero nos espaços de decisão e poder.
Que este 8 de Março seja o dia para se pensar em como fazer isso, e que os outros dias do ano sejam para colocar em prática.
Partido Popular Socialista
Coordenação Nacional de Mulheres do PPS