sexta-feira, 21 de maio de 2010

Soninha Francine candidata ao Senado? Por quê?

A idéia de ter Soninha Francine concorrendo ao Senado já está colocada no PPS desde a eleição de 2008, quando a ex-vereadora inovou e fez bonito na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Mesmo após ter sido anunciada pré-candidata ao Governo de São Paulo, a opção para o Senado permaneceu presente. Pesquisas do DataFolha para o Senado indicam que Soninha Francine pode ser a grande novidade das próximas eleições.

No quadro nacional, o PPS reitera apoio ao tucano José Serra para a Presidência. Para o Governo de São Paulo, a candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem forte perspectiva de vitória no primeiro turno e papel estratégico decisivo na campanha presidencial.

É aí que se revela o promissor cenário de Soninha Francine candidata ao Senado.

Soninha desponta na Capital

Nos primeiros levantamentos do Datafolha, Soninha aparecia como a mais votada na Capital com 35% dos votos, seguida pelo senador petista Aloizio Mercadante, candidato ao Governo pelo PT que será substituído na disputa ao Senado pela ex-prefeita Marta Suplicy.

No interior, Soninha aparecia com 13% dos votos - e é aqui que ela deve melhorar seu desempenho para obter uma das duas vagas disputadas em 2010.

Entre os eleitores mais jovens, Soninha é também a que recebe mais apoio. No Datafolha, ela obteve 34% na faixa entre 16 e 24 anos, seguida por Netinho de Paula (29%), Mercadante (25%), Quércia (23%) e Tuma (13%).

Soninha atrás apenas de Marta

No mais recente levantamento do Datafolha para o Senado, divulgado em abril e já incluindo Marta Suplicy, a ex-vereadora Soninha atinge entre 25% e 27% na Capital e na Região Metropolitana, e bate todos os demais adversários pela segunda vaga em disputa, ficando atrás apenas da ex-prefeita petista.

Em todo o Estado, Soninha aparece com 18% das intenções de voto para senadora, competindo com a ex-prefeita Marta Suplicy (PT), que tem 43%; o senador Romeu Tuma (PTB), com 25%; o ex-governador Orestes Quercia (PMDB), com 22%; e o vereador e cantor Netinho de Paula (PC do B), com 19%.

Os pré-candidatos Soninha, Tuma, Quercia e Netinho estão empatados tecnicamente na disputa pela segunda vaga. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos percentuais para cima ou para baixo.

É importante lembrar que os eleitores escolherão dois senadores em outubro; de acordo com Datafolha, 24% dos entrevistados disseram não saber ainda em quem votar. O levantamento mostrou ainda que 33% dos pesquisados pretendem votar em branco ou nulo.

Bastante atrás de Soninha estão o vereador Gabriel Chalita (PSB), que tem 8% das intenções de voto; o chefe da Casa Civil do governo José Serra, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), com 6%; e Ricardo Young (PV), presidente do Instituto Ethos, com 3%.

Primeira entre formadores de opinião

A eleição de outubro renovará duas das três vagas ao Senado, que passou por sucessivos escândalos e clama por mudanças.

Outra projeção bastante interessante, divulgada em maio, mostra que Soninha lidera a preferência para o Senado entre o chamado público "formador de opinião". É o que revela o Datafolha, após realizar pesquisa entre os leitores da Folha de S. Paulo.

Os leitores da Folha escolheram Soninha (PPS) com 28%, seguida por Marta Suplicy (PT) com 24% das citações. Romeu Tuma (PTB), aparece com 17%; Gabriel Chalita (PSB), com 14%; Aloysio Nunes (PSDB), com 9%; Orestes Quércia (PMDB), com 8%; Netinho de Paula (PCdoB), com 5%; e Ricardo Young (PV), com 2%. São 21% os leitores que afirmam votar em branco ou nulo, e 14% declaram-se indecisos.

Renovar o Senado

Os recentes escândalos do Senado - e da política em geral - levam o eleitorado à renovação. Nomes como Tuma e Quércia significam para o eleitorado a velha política, que precisa ser combatida. O próprio Mercadante, envolvido com escândalos petistas e na defesa insana de Sarney, perdeu essa característica de político diferenciado.

O importante é que o PPS consegue se estabelecer em São Paulo com esta postura ética e inovadora, uma nova prática política, idéias diferenciadas e identificadas com o que busca a população paulista.

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