sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Qual o preço dos nossos bairros e da qualidade de vida da nossa família? Não estamos à venda, Haddad!

"Família vende tudo", "Open House", "Bota Fora". Sabe aqueles cartazes que identificam uma prática muito comum entre famílias que abrem suas casas para a venda de seus móveis, roupas e objetos de decoração?

Pois a grande família petista (tutti buona gente), em tempos de crise, resolveu adotar a mesma prática com São Paulo e com o Brasil. Com um pequeno detalhe que faz toda a diferença: o PT, como de praxe, anuncia e comercializa uma mercadoria que não possui.

No governo federal vale tudo: das pedaladas fiscais ao aumento de impostos, passando pelas propostas de reinvenção da CPMF até a legalização dos jogos de azar para servir de caça-níqueis anti-impeachment.

Na gestão "ruinddad" municipal, o que está em jogo é a preservação dos nossos bairros e a garantia de uma mínima qualidade de vida às nossas famílias, para que possamos manter alguma dignidade, saúde, segurança e infra-estrutura urbana, enquanto a Prefeitura insiste em botar uma etiqueta de preço na testa de cada paulistano, como se fossemos todos uns tolos mercenários e a nossa cidadania estivesse à venda.

Mas, aviso aos navegantes: vamos mobilizar a população, acionar o Ministério Público e pressionar a Câmara Municipal contra o (des)governo Haddad e as medidas totalmente irresponsáveis e desastrosas que o Executivo (com o necessário aval do Legislativo) pretende tomar, por exemplo, com a nova Lei de Zoneamento e a Operação Urbana Bairros do Tamanduateí.

Já criticamos aqui neste mesmo espaço, em diversas oportunidades, a propaganda enganosa do PT. Com o objetivo declarado de "promover o desenvolvimento do perímetro que abrange os bairros da Mooca, Cambuci, Ipiranga, Vila Zelina, Vila Prudente e Vila Carioca", Haddad trabalha como um prefeito-camelô de mercadoria falsificada.

Em resumo, a Prefeitura pretende aumentar o chamado "potencial construtivo", atendendo ao interesse do mercado imobiliário e acelerando a degradação ambiental e a deterioração urbana ao superpovoar uma região que já tem o trânsito estrangulado e carece de equipamentos sociais, de lazer e de áreas verdes.

Mas como funciona isso, afinal? Na prática, construtoras e incorporadoras pagam pelo direito de desrespeitar os limites da lei para erguer seus condomínios luxuosos, com andares e apartamentos em quantidade bem acima do permitido, bancando em troca algumas unidades "populares" e disfarçando com áreas verdes que funcionam muito mais como jardins dos seus empreendimentos do que propriamente para a totalidade dos moradores vizinhos.

"Se a população não se manifestar, a Prefeitura vai adensar, adensar, adensar...", alerta a jornalista Kátia Leite, editora da Folha de Vila Prudente. "A grande dúvida é se as melhorias virão na mesma proporção. Eu duvido e só estou imaginando a estação de metrô daqui a alguns anos... Fiquem atentos! Defendam a região onde vivem!
"No atual projeto, não há qualquer solução convincente para melhorar o fluxo de carros, muito menos o impacto dos que virão com o adensamento da região. Ao contrário, propõe obras com o objetivo de trazer para dentro do bairro parte do congestionamento da Avenida do Estado", afirma Eduardo Odloak, ex-subprefeito da Mooca.

"O Plano propõe aumento de parques e plantio de árvores, mas não convence com as soluções apresentadas. É sabido que a região está consolidada, quase que totalmente impermeabilizada, consubstanciando-se em uma das áreas mais áridas da cidade, concentrando, entre Brás e Mooca, talvez, a mais danosa ilha de calor de São Paulo". (Leia mais em O plano do PT para destruir a Mooca!)

"A promessa é de se desenvolver uma especulação imobiliária controlada", explica a arquiteta e urbanista Helena Werneck. "A pergunta que não quer calar é se o diabo velho do capitalismo aceita novos truques?".

Enquanto acena com uma mão, o PT tira com a outra: Haddad alega não ter recursos para desapropriar as áreas destinadas aos prometidos (e necessários) parques na Mooca e na Vila Ema, para citar dois exemplos, ao mesmo tempo em que promete adquirir terrenos disponíveis para uma infinidade de equipamentos sociais, moradias populares e "novos parques" na região. Como? Mentira!

Neste clima de fim-de-feira, véspera de ano eleitoral e com uma administração ineficaz, despreparada e incompetente, não pensem que passarão impunemente sobre a nossa história nem vão comercializar o futuro dos nossos bairros e das nossas famílias! Não estamos à venda! Bota fora, só Haddad! Vamos às ruas, às redes e à Justiça! #ForaPT

Veja também:

#ProgramaDiferente: Parques x Especulação Imobiliária

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