Enquanto a Câmara Municipal se reúne para votar o novo Plano Diretor, sem que parte dos vereadores tenha um conhecimento mínimo da matéria, o que por si só já seria preocupante, a base cooPTada segue de olhos fechados (típico do PT) para a incomPTência de Haddad e, mais grave, dando aval ao pior prefeito que esta cidade já teve, comprometendo o futuro de São Paulo.
É o caso dos parques e áreas verdes. Quando fazia oposição, o PT atribuía qualquer problema ao fantasma da "especulação imobiliária": dos incêndios em favelas à proliferação da cracolândia; da falta de moradia popular à escassez de espaços públicos, naturais ou implantados, como praças, parques, canteiros, jardins e áreas arborizadas.
Pois a gestão Haddad, se não bastasse ser omissa e ineficaz como um todo, tem certamente o seu desempenho mais sofrível neste campo da sustentabilidade e da qualidade de vida. Agravou extremamente a poluição ambiental com o fim irresponsável da inspeção veicular (cadê o novo contrato e a solução prometida?), aumentou o caos no trânsito e no transporte com ações midiáticas e sem nenhum planejamento, abandonou as obras anti-enchente e até medidas paliativas como a limpeza de córregos, ruas e bueiros.
Por outro lado, quem são os grandes beneficiários dessa administração desastrada e por vezes criminosa do PT? Basta relacionar o que já foi revelado das máfias instaladas na Prefeitura, envolvendo a fiscalização de obras e de impostos como ISS e IPTU... Surpresa!
Enquanto isso, o noticiário indica: mortes em incêndios de favelas, famílias perdem tudo nas enchentes (isso porque em 2014 nem choveu tanto), ônibus incendiados, falta de uniforme e material escolar, falta de creches, caos no bilhete único, faróis pifados, irresponsabilidade na cracolândia, loteamento de cargos nas subprefeituras etc.
Nesta área ambiental, o desserviço prestado por Haddad chegou ao extremo de chantagear a Câmara (onde o governo tem maioria), enquanto o nosso Pilatos do Palácio do Anhagabaú lavava as mãos, além de recriar um conflito que parecia fora de moda, entre "ambientalistas" x "movimentos de moradia", neste caso da invasão da área denominada Nova Palestina.
Tanto no caso do Parque Augusta quanto na reivindicação dos moradores da Mooca, para implantação de um parque no terreno da antiga Esso, a solução apontada pela Prefeitura é o oposto da vontade popular. As construtoras querem erguer condomínios de alto padrão, preservando áreas verdes apenas em uma parcela reduzida desses terrenos particulares.
A resposta padrão da Prefeitura é sempre a mesma: "falta dinheiro" para tudo. Desapropriação, implantação, manutenção. Até para parques que já contavam com recursos garantidos, como na Vila Ema, a gestão Haddad voltou atrás e coloca em risco a conquista da população.
A saída de gênio do prefeito: alegar que a prioridade não são áreas verdes, mas moradia popular (para ensaiar uma resposta aos movimentos sem-teto, que realizam manifestações frequentes contra a gestão petista e invasões de prédios desocupados na cidade). Daí vem soluções mirabolantes como a Cohab na Vila Olímpia, que pode ser também a destinação do terreno da antiga Esso, em vez do tão necessário Parque Verde da Mooca.
Se este descaso da gestão Haddad acontece até onde há unanimidade dos moradores e dos representantes locais (incluindo os vereadores comprometidos verdadeiramente com o bem público e os interesses da maioria), o que podemos esperar de projetos polêmicos (mas emblemáticos para o futuro da cidade) como o que propõe transformar num parque suspenso o monstruoso Minhocão?
Tudo isso por que? Porque Haddad não ouve a população, é prefeito de gabinete, inventado por Lula, despreparado para o cargo e que só faz politicagem de olho em dividendos eleitorais imediatos para os interesses restritos do partido dele. Lamentável!