Temos inúmeros motivos - políticos, programáticos, éticos - para torcer e trabalhar para Marina Silva ser eleita, agora em outubro, presidente do Brasil.
Mas vamos nos concentrar aqui nos dados concretos que já apontam para a vitória da candidata da Coligação Unidos pelo Brasil no 2º turno contra a petista Dilma Roussef.
Vejamos as intenções de voto captadas pelas pesquisas: faz um mês que Marina Silva virou alvo de uma saraivada de boatos, denúncias, ataques e toda uma campanha sórdida e difamatória, orquestrada pelos dois principais adversários, para aquilo que os marqueteiros chamam de "desconstrução" da sua imagem e consequentemente da sua candidatura.
Mas Marina resistiu com dignidade a toda essa baixaria nas redes e nas ruas, e mostrará nas urnas, no 1º e no 2º turno, a sua força. Porque ela tem uma história de vida verdadeira e suas propostas têm consistência. Ao contrário da fragilidade e da mesmice apresentada por seus oponentes.
Das pesquisas realizadas desde o início de agosto até as mais recentes dessa reta final de setembro, vamos acompanhar e desmistificar a variação dos candidatos. Entender quem de fato "cresceu", "caiu" ou se manteve exatamente no mesmo patamar.
Os números do Ibope
Começando por Dilma Roussef no Ibope. Em 7 de agosto, Dilma liderava com 38% dos votos. Foi a 34% em 26 de agosto, na primeira sondagem que incluiu Marina. Depois a 37% em 3 de setembro, 39% em 12 de setembro, 36% em 16 de setembro, e voltou aos 38% iniciais no dia 23 de setembro.
Ou seja, tudo isso para mostrar que, ao contrário do que propagam seus marqueteiros, os dirigentes petistas e a rede de shownarlistas cooPTados, Dilma Roussef não subiu coisa nenhuma, mas simplesmente oscilou dentro da margem de erro e continua com a mesmíssima intenção de votos de dois meses atrás.
O tucano Aécio Neves, dentro desse mesmo período, variou de 23% em 7 de agosto para 19% em 26 de agosto, 15% em 3 de setembro, 15% em 12 de setembro, 19% em 16 de setembro e novamente 19% em 23 de setembro.
Ou seja, não é surpresa que Aécio fique próximo da casa dos 20%, pois essa já era a sua condição inicial (lembrando ainda que desde 2002, quando o PSDB obteve 23% dos votos no 1º turno, não atingia um índice tão baixo; em 2006 chegou a 41% e em 2010 a 32%).
Já Marina Silva, que entrou na campanha substituindo Eduardo Campos (em 7 de agosto, na última pesquisa antes do acidente, ele tinha 9% ), estreou com 29% em 26 de agosto, passou para 33% em 3 de setembro, 31% em 12 de setembro, 30% em 16 de setembro e voltou aos mesmos 29% da primeira sondagem agora em 23 de setembro.
Então, veja que Dilma e Marina praticamente se consolidam na passagem ao 2º turno com os mesmos índices de dois meses atrás. Quem caiu um pouco foi Aécio, mas também o tucano vem recuperando esse piso inicial - o que é natural.
Outro fator determinante, assim como a intenção de votos, é a rejeição. Aí a presidente Dilma aparece com 31% na última pesquisa e Aécio com 19%. A taxa que mais cresceu - de 14% para 17% - foi de Marina, ainda assim a mais baixa rejeição entre os favoritos, apesar de toda a campanha contrária, de ódio e preconceito.
Ou seja, Marina não apenas "sobreviveu" aos ataques, como entrará no 2º turno com amplo favoritismo para tirar o PT do governo. Na última sondagem (veja o quadro ao lado), Marina e Dilma empatariam em 41%.
Mas se ponderarmos que Marina saltará de seus atuais 2 minutos para 10 minutos na propaganda da TV, igualando-se a Dilma no 2º turno, além da tendência de aumentar a rejeição ao PT e de haver maior transferência de votos dos demais candidatos, quando começarem a anunciar apoio a Marina...
A vantagem de Marina só tende a aumentar.
Os números do Datafolha
Nos levantamentos do Datafolha, o mesmo fenômeno se observa. Há um rearranjo dos números entre os meses de agosto e setembro, dentro da margem de erro, com os candidatos voltando agora ao mesmo ponto de partida.
Na pesquisa de 1º turno, a presidente Dilma saiu de 36% em agosto e chega a 37% em setembro. O tucano Aécio partiu de 20% e chega agora em 17%. E Marina largou de 21% e chega num patamar até mais alto, com 30%.
Ou seja, é equivocada a impressão - "plantada" pelo marketing dos adversários - de que houve um crescimento de Dilma e Aécio, com a consequente queda de Marina. A verdade dos números é outra.
No 2º turno, essa realidade se confirma: Dilma partiu de 43% e está com 44%, contra Marina que largou de 47% e está com 46%. Ou seja, outra variação dentro da margem.
A diferença que de fato aumentou foi para um improvável 2º turno entre Dilma e Aécio. A petista largava de 44% e atinge 49%, enquanto o tucano partiu de 40% e está com 39%.
Pelo Datafolha, a taxa de rejeição está em 33% para Dilma, 22% para Marina e 21% para Aécio. Sempre lembrando que entre 60% e 70% dos eleitores pedem "mudanças".
Vamos aguardar os próximos números e os "ajustes" finais.
#SouMarina40 #MarinaPresidente