Mais tarde o nome se generalizou para móveis com portas, prateleiras e gavetas onde se guarda todo tipo de roupas e objetos.
Até surgir, mais recentemente, a expressão "sair do armário" para descrever o ato - voluntário ou não - de revelação da orientação sexual de um gay ou uma lésbica.
Agora, por incrível que pareça, o "armário" domina a pauta da campanha presidencial de 2014: a homofobia e o preconceito são usados como armas; por outro lado, como antídoto ou escudo, existe toda uma glamourização dos gays.
Agora, por incrível que pareça, o "armário" domina a pauta da campanha presidencial de 2014: a homofobia e o preconceito são usados como armas; por outro lado, como antídoto ou escudo, existe toda uma glamourização dos gays.
Enquanto isso, exageros à parte de um extremo a outro, do pastor da fé-ostentação Silas Malafaia ao deputado-celebridade Jean Wyllys, a verdadeira opinião dos candidatos segue oculta e o bom senso permanece enrustido.
O assunto ganhou as manchetes em dois momentos distintos: quando foi anunciado o Programa de Governo de Marina Silva com avanços extraordinários e surpreendentes até mesmo para os militantes da causa gay e, menos de 24 horas depois, quando a campanha da candidata divulgou uma "errata" sobre o tema.
Foi o bastante para municiar o passatempo da moda: o jogo de vale-tudo "Destruindo Marina", que une de petistas a tucanos, dos pólos conservadores aos progressistas, de pastores homofóbicos a militantes extremistas gays.
Tudo foi bem explicado, mas de pouco adiantou. É mais fácil rotular Marina, de um extremo a outro.
Até um "cientista" mequetrefe entrou na parada contra Marina, endossado pela Folha de S. Paulo, para dar seu veredito: quem acredita em Deus tem um distúrbio mental. Uma doença. Leia em Desafio eleitoral: um balde de ofensas e mentiras. É o preconceito oposto ao sofrido por FHC há quase 30 anos, quando perdeu votos e não foi eleito Prefeito de São Paulo, em 1985, porque se declarou ateu.
Até um "cientista" mequetrefe entrou na parada contra Marina, endossado pela Folha de S. Paulo, para dar seu veredito: quem acredita em Deus tem um distúrbio mental. Uma doença. Leia em Desafio eleitoral: um balde de ofensas e mentiras. É o preconceito oposto ao sofrido por FHC há quase 30 anos, quando perdeu votos e não foi eleito Prefeito de São Paulo, em 1985, porque se declarou ateu.
Mas voltemos à polêmica sobre os gays. Entre a 1ª versão do Plano de Marina e a 2ª versão, corrigida, mudaram alguns termos, mas foi mantido absolutamente irretocável o espírito da coisa, que é a ampla defesa da igualdade de direitos, sem preconceito ou distinção de sexo, classe, idade, etnia, orientação sexual e identidade de gênero.
Compare as duas versões:
Mais que isso: compare com as propostas de todos os demais candidatos a presidente, de Luciana Genro (PSOL) ao Pastor Everaldo (PSC), passando por Dilma (PT), Aécio (PSDB) e Eduardo Jorge (PV). Não existe nenhum Programa de Governo que avance mais e tenha maior reconhecimento sobre os direitos de gays, lésbicas e trans.
Desesperada pelo favoritismo de Marina, a presidente Dilma tenta uma última cartada oportunista ou, como se diz popularmente, "dá uma no cravo, outra na ferradura": passou a se manifestar a favor da criminalização da homofobia enquanto anuncia um "pacote de bondades" para as igrejas evangélicas. Quer dizer, Dilma oferece com uma mão aos "procuradores" de Deus na Terra e com a outra aos pecadores "varões de Sodoma". Vai é acabar dando com os burros n´água.
Uma coisa é certa: falamos com conhecimento de causa. O PPS foi o primeiro e único partido a se posicionar institucionalmente, por meio de ação no STF do presidente nacional Roberto Freire, pela criminalização da homofobia. Enquanto Dilma sempre cedeu às pressões de preconceito e intolerância da bancada evangélica.
Além disso, quer saber o que Marina Silva pensa realmente sobre o Estado Laico e o preconceito contra gays? Veja o que ela disse em entrevista na madrugada desta terça-feira ao Jornal da Globo.
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