O PPS lamenta a morte do artista de rua Dedé Passos, figura carimbada do centro de São Paulo, presença constante em programas de auditório como Ratinho, Pânico e Raul Gil, e pré-candidato a vereador.
Faleceu aos 61 anos, de infarto, na quarta-feira (13), dentro do Sindicato dos Bancários, onde também sempre marcava presença, principalmente como animador das manifestações da categoria. Foi enterrado nesta sexta-feira (15) no Cemitério da Vila Formosa.
Dedé foi tema da crônica “O Animador de Greves”, de Lourenço Diaféria. O autor conta sobre a primeira vez que viu o artista nas ruas: “Vi um rapaz, um office-boy, que andava cantarolando, gesticulando, fazendo imitações, exibindo-se para ele mesmo, meio maluquinho. Depois perdi a figura de vista. Mais tarde, durante um piquete de bancários, quem estava à frente da banda? Aquele mesmo rapaz que me pareceu meio maluco, mas dessa vez deram a ele a categoria de um artista. Foi fantástico, porque acharam uma serventia para um rapaz que facilmente não era compreendido. Na televisão, têm muitas pessoas que não chegam aos pés do Dedé que é um personagem da cidade.”
A crônica fez parte de reportagem da Revista dos Bancários, de agosto de 2001, que tinha o artista como um dos personagens.
Ao foto acima é de uma das últimas participações de Dedé Passos nas manifestações do Sindicato dos Bancários, no dia 15 de maio. Enquanto passava pela Praça do Patriarca, Dedé observou ato contra a homofobia. Fez questão de vestir a camiseta da campanha e defender a igualdade de direitos e a diversidade.
(Fonte: SPBancários)