O vereador petista Arselino Tatto, ícone da famiglia que no folclore político é chamada de "tattolândia", numa referência jocosa do poder político e territorial exercido pelos irmãos Tatto na zona sul paulistana, resolveu inaugurar a sua participação no plenário da Câmara em 2009 com um ataque gratuito ao presidente nacional do PPS, o ex-deputado federal e ex-senador Roberto Freire.
O motivo alegado para o ataque: Freire participa, a convite do prefeito Gilberto Kassab (DEM), do conselho de duas empresas ligadas à Prefeitura de São Paulo: Emurb e SPTuris, tratando dos assuntos de interesse da cidade nos temas de urbanização e turismo.
Tatto critica o fato como se fosse imoral, ou como se fosse incompatível a participação de Freire nos referidos conselhos. Estranhamos o posicionamento do vereador petista. No aspecto legal, não há impedimento. No quesito do preparo e da competência, são inegáveis os méritos de Freire. Portanto, é plenamente justificável o convite formulado pelo prefeito Kassab, reconhecendo a capacidade do presidente do PPS para tais funções.
Mais inusitada ainda é a cegueira política do líder da "tattolândia", que critica o prefeito paulistano e o presidente do PPS por uma prática que é compatilhada pelo PT, tanto agora no Governo Lula como foi também na administração da ex-prefeita Marta Suplicy.