O Diretório Zonal do PPS da Vila Maria, na zona norte de São Paulo, sempre dos mais atuantes e organizados, divulga moção de repúdio à indicação de Erenice Guerra, assessora da ministra Dilma Rousseff, ao Tribunal de Contas da União.
Veja a íntegra do documento, enviado pelo militante e dirigente partidário Morais da Vila Maria:
MOÇÃO DE REPÚDIO
A Revista Época Edição nº 561 (16/02/2009), traz a seguinte noticia: “Erenice Guerra, a mais próxima assessora de Dilma, que já foi acusada de montar um dossiê contra FHC, agora é candidata à ministra do Tribunal de Contas da União”.
Assim, pode-se notar que a ética faliu neste governo, que aparelha e não tem nenhum critério para nomear pessoas para os cargos importantes da República.
Tudo isso nos reporta à dramaturgia brasileira do final do século do XIX, com França Júnior, um dos criadores da comédia brasileira. Em sua obra “Caiu o Ministério”, levam para a cena uma realidade desconcertante, às vezes até ridícula, onde fotografam com primor e graça a realidade de uma sociedade em crise.
Em “Caiu o Ministério” encontramos a sátira violenta à crise final do regime monárquico brasileiro, manifesta, por exemplo, na formação de dez governos parlamentares no curto período compreendido entre 1880 e 1889 ou, ainda, no controle do poder legislativo pelos grupos mais fortes da aristocracia imperial, incapazes, muitas vezes, de expressar os interesses da maioria da Nação.
Aqui, podemos fazer um paralelo com a dita estabilidade de aprovação acima dos 80% do governo Lula/Dilma, que caminha para o lamaçal, onde todas as possibilidades de transparência ética foram levadas à falência total de um Estado ético-cidadão preconizado na Carta de 1988 que, por sinal, o Sr. Lula e seus pares se recusaram a assinar, porque, com certeza, rasgariam 21 anos depois.
E por tudo isso que o Diretório Zonal do Partido Popular Socialista de Vila Maria (PPS), apresenta esta moção de repúdio, conclamando a oposição formada pelo bloco reformista (PPS/DEM/PSDB), que tomem medidas para que seja, desde logo, abortada qualquer manobra para levar a referida Senhora a cargo tão importante, ou seja, aquele que fiscaliza o Executivo como órgão auxiliar do Poder Legislativo.
São Paulo, fevereiro de 2009
