Deu no Câmara Man: Entre os 41 projetos de lei dos vereadores aprovados em primeira votação nesta quarta-feira, 29 de março, algumas curiosidades merecem registro. O acordo é para que as votações sejam simbólicas, manifestando-se apenas aqueles contrários, o que não impede a aprovação dos projetos em pauta. Isso para atender a uma "lista de débito e crédito", como define o presidente da Câmara, vereador Milton Leite (DEM), num acordo que virou praxe na Casa para que todos os parlamentares aprovem a mesma quantidade de projetos.
Por exemplo: uma proposta do vereador Caio Miranda (PSB), aprovada em primeira votação, "dispõe sobre a aplicação de sanções à pessoa que urinar em vias ou logradouros públicos, em especial, quando da realização de grandes eventos, na cidade de São Paulo". O PSOL foi contra: Sâmia Bomfim se absteve e Isa Penna votou contra. Curioso.
Em outro projeto aprovado, que "dispõe sobre a criação do Dia da Procissão de Xangô para constar no Calendario Oficial da Cidade de São Paulo", de autoria do vereador Quito Formiga (PSDB), que é espírita, foram registrados votos contrários de vereadores evangélicos: Gilberto Nascimento (PSC), Atílio Francisco (PRB), Eduardo Tuma (PSDB), André Santos (PRB) e João Jorge (PSDB), além das abstenções de Sandra Tadeu (DEM) e Rinaldi Digilio (PRB).
Dia da Mulher Quadrangular
É inusitada esta "guerra santa" que geralmente ocorre entre a bancada evangélica e outros vereadores ligados ao espiritismo ou a religiões de matriz afro-brasileira. Dia desses, o vereador Eduardo Suplicy (PT), católico, estranhou a proposta de inclusão do Dia da Mulher Quadrangular no Calendário Oficial da Cidade de São Paulo.
Curioso para saber o que seria uma "mulher quadrangular", Suplicy foi esclarecido pelo vereador Rinaldi Digilio que se tratava das fiéis da sua igreja, que nesta quarta teve aprovado também o Dia da Igreja do Evangelho Quadrangular, a ser comemorado todo dia 15 de novembro.
E viva o Estado laico! (Só por Deus...)
Leia também: