quinta-feira, 23 de março de 2017

As estórias e histórias genuinamente brasileiras de Ana Miranda e Raimundo Carrero no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente retrata o mundo das letras e o trabalho de dois escritores genuinamente brasileiros que reúnem suas experiências e muita pesquisa da vida real para a criação de suas obras de ficção. O incentivo à leitura sempre cai bem. Um bate-papo sobre livros, estórias e as histórias de Ana Miranda e Raimundo Carrero é o que temos nesta semana. Assista.

A cearense Ana Maria Nóbrega Miranda nasceu em Fortaleza e tem 66 anos. Escritora e artista plástica, também atuou no cinema novo, entre 1971 e 1979. Estreou na literatura com as poesias de Anjos e Demônios, em 1978. Mas foi com o premiado Boca do Inferno, de 1989, cujos protagonistas são o poeta Gregório de Matos e o jesuíta Antonio Vieira, que ela se firmou entre as maiores romancistas brasileiras da atualidade, com obras que resgatam e reinventam a história de "personagens" como Augusto dos Anjos, Clarice Lispector, Gonçalves Dias e José de Alencar.

O pernambucano Raimundo Carrero, 69 anos, nascido em Salgueiro, é escritor e jornalista. Trabalhou no Diário de Pernambuco por 25 anos, tendo exercido diversos cargos, como os de crítico literário e editor-chefe. Como romancista e contista, participou na década de 1970 no Movimento Armorial, idealizado pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna, que tinha como objetivo realizar uma obra erudita com base na cultura popular, sobretudo nordestina. A partir daí se desenvolveu toda a "putaria" - como define, com sarcasmo e uma sinceridade cortante, a sua obra.