sexta-feira, 11 de março de 2016

O fim do (des)governo Dilma e O Rato que Ruge

As bravatas do ex-presidente e da atual inquilina do Palácio do Planalto, os discursos inflamados e a anunciada "vigília permanente" dos militantes da boquinha destes 14 anos de (des)governo federal são cenas surreais que remetem à lembrança de uma comédia clássica: O Rato que Ruge, filme de 1959 dirigido por Jack Arnold e estrelado pelo genial Peter Sellers, que interpreta três papéis distintos.

Qualquer semelhança com os três papéis de Lula (o pai dos pobres, o estadista do "como nunca antes na história deste país" e a vítima injustiçada) não parecem ser mera coincidência.

Já diria Marx (não um dos irmãos comediantes, mas o Karl, aquele eternizado na dupla com Engels, menos para os promotores que o confundiram com Hegel, mas essa é outra história...) a história, sempre ela, se repete duas vezes, primeiro como tragédia, depois como farsa.

Pois vivemos agora o período farsesco de Dilma Roussef, a presidenta que não concatena nem a flexão do gênero do cargo, o que dizer então do raciocínio, das ideias e da postura à altura, após a tragédia dos anos Lula em um país que só existia mesmo nas propagandas criadas pelo marqueteiro João Santana sob o patrocínio do clube das empreiteiras.

O Rato que Ruge (o original, não a paródia petista) é baseado em livro homônimo do escritor irlandês Leonard Wibberley, pertencente a uma série literária de sátira à política internacional e outros temas mundiais de sessenta anos atrás, que criou para isso um país fictício chamado de "Grão-Ducado de Fenwick" (talvez aí uma boa inspiração para o Brasil de Lula e Dilma nas campanhas eleitorais).

Segue a sinopse do filme:

A economia de Fenwick estava na bancarrota, pois o vinho (nenhuma provocação à adega lulista), seu único produto de exportação, sofria a concorrência de um produto similar mais barato criado nos Estados Unidos da América, seus antigos importadores. Então a governante do país, a Duquesa Gloriana XII, é convencida pelo primeiro-ministro "Bobo" Mountjoy a declarar guerra aos americanos, com o único propósito de perder e depois conseguir financiamento para a "reconstrução", numa referência satírica ao Plano Marshall.

Eis que Mountjoy incumbe o atrapalhado Marechal Tully Bascomb de liderar a força de ataque, que invade Nova York munida de arcos e flechas. A invasão é completamente ignorada pelas autoridades americanas, pois a declaração de guerra de Fenwick (que anteriormente havia sido até motivo de riso para o ministro americano das relações exteriores) se extraviara no meio da papelada diplomática.

Em Nova York, todos estão ocultos sob abrigos subterrâneos por causa do teste de uma nova bomba superpoderosa. Sem ninguém para combater, os 22 arqueiros vagueiam pelas ruas e por mero acaso encontram o cientista responsável pelo desenvolvimento da bomba e sua filha, sequestrando-os e levando-os com o poderoso artefato para Fenwick, juntamente com alguns oficiais do exército americano.

Ao retornar ao país, Bascomb conta à incrédula Duquesa sobre a mudança de planos e que Fenwick havia "vencido a guerra". De fato, ao saber que a poderosíssima Bomba "Q", capaz de destruir todo um continente, estava em poder do diminuto e quase desconhecido país, as autoridades americanas vêem que não lhes resta alternativa a não ser render-se a Fenwick.

Fenwick, por fim, acaba impondo aos Estados Unidos algumas sanções, como o pagamento de um milhão de dólares e a retomada do mercado americano para seu vinho, além do completo armistício mundial.


Não por acaso, o Brasil também é citado no filme, como um dos países que propunham se aliar a Fenwick. Na cena onde o primeiro-ministro "Bobo" Mountjoy está irritado com o interminável assédio das demais nações à bomba, ele joga sobre a mesa da Duquesa correspondências, citando-as, uma a uma: "Argentina, Brasil, França, Alemanha, Itália! Todos querem nos ajudar!"

Entre as obras do diretor Jack Arnold destacam-se filmes como Veio do Espaço, O Monstro da Lagoa Negra e O Incrível Homem que Encolheu, além de seriados de TV como A Ilha dos Birutas.

Já o ator Peter Sellers atuou em filmes como Doutor Fantástico, Com Milhões e Sem Carinho, O Abilolado Endoidou, As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Um Convidado Bem Trapalhão.

Interpretou ainda o Inspetor Clouseau de A Pantera Cor-de-Rosa e foi o jardineiro Chance, de Muito Além do Jardim.

Neste filme, o velho Chance é um homem ingênuo que passou a vida cuidando de um jardim e vendo televisão, seu único contato com o mundo. Acidentalmente, é atropelado por um magnata que se torna seu amigo e o apresenta ao Presidente. Por engano, é considerado um gênio (...).

Voltando ao Brasil real, entre tragédias e farsas, ratos que rugem, rememoramos a campanha "Xô, Corrupção", criada pelo publicitário Duda Mendonça, predecessor de João Santana tanto no marketing quanto no caixa 2 petista.

Percebe-se que ratos, petistas e corruptos tem mesmo uma ligação visceral.

Ficam no ar duas perguntas: 1) Quais os limites entre a realidade e a ficção? 2) Falta muito para aparecer o THE END na tela? ;-)




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