O PPS tem posição clara neste 2º turno da eleição à Prefeitura paulistana: apóia a candidatura de José Serra (PSDB) contra o PT de Fernando Haddad e seus vínculos com mensaleiros condenados, criminosos procurados pela Interpol e usurpadores da máquina pública federal.
Passado o 1º turno, quando o PPS lançou Soninha Francine para a Prefeitura pela Coligação "Um Sinal Verde para São Paulo", com uma campanha propositiva, que debateu soluções alternativas para os problemas da cidade e introduziu temas polêmicos mas urgentes (como a proposta de uma consulta popular para adoção do pedágio urbano, por exemplo), é chegada a hora de pensar, entre as duas opções definidas pelo eleitorado paulistano, quem pode administrar melhor São Paulo.
O PPS lançou proposta de candidatura alternativa à polarização PT x PSDB, em torno de Soninha Francine, primeiro no Blog do PPS e depois em artigo na Folha de S. Paulo. O que parecia uma idéia absurda, demonstrou na prática a viabilidade: somados, os candidatos Russomanno, Chalita, Soninha, Giannazi e Paulinho tiveram muito mais votos que Serra e Haddad, individualmente. Ou seja, a maioria da população queria novos rumos na Prefeitura de São Paulo.
Dissemos - e está comprovado - que a polarização PT x PSDB só interessava a ambos (e à imprensa míope), numa estranha simbiose política. Nota do Blog do PPS: Simbiose, para quem não sabe, é a associação de dois ou mais seres de espécies diferentes, que lhes permite viver com vantagens recíprocas e os caracteriza como um só organismo - não podendo ser separados um do outro (o que causaria a morte de ambos).
Outro esclarecimento necessário: quando constatamos a saturação do eleitor com a polarização PT x PSDB - e a descrença na política e nos partidos de modo geral - estamos reiterando a necessidade de uma nova forma de atuação, com mais ética, transparência e sem os velhos vícios da politicagem tradicional. É o que o PPS aprovou nos seus congressos e exercita com a tese da #REDE23.
Porém, o PPS não se omite: apoiou e participou da gestão Serra/Kassab contra o PT - que instituiu na Prefeitura de São Paulo o modus operandi que seria "aprimorado" no governo federal com Lula e Dilma, incluindo o loteamento da máquina e métodos pouco ortodoxos para cooPTação de antigos adversários, como comprovado na condenação de mensaleiros pelo STF.
Portanto, seguimos aliados no campo de oposição ao PT. Isso significa, concretamente, eleger José Serra neste 2º turno para impedir a retomada da Prefeitura pelo PT. A situação encontrada após a gestão de Marta Suplicy, em janeiro de 2005, era de fim-de-feira. Dívidas, obras paralisadas, equipamentos deteriorados, subprefeituras loteadas e a Câmara Municipal dominada pelo chamado "Centrão", agrupamento de partidos aliados do PT que chantageavam o Executivo.
Agora o PT tenta empurrar à população o ex-ministro Fernando Haddad como representante do "novo". Mas não existe nada de novo nessa candidatura, é o mesmo velho PT DE NOVO! Atropelaram Marta Suplicy na prévia interna por ordem de Lula e, no desespero, tiveram que "pagar" pelo apoio indesejado com um Ministério (da Cultura).
Por outro lado, Serra e Alckmin se uniram por um interesse comum (derrotar o PT), ainda que o PSDB também estivesse dividido em alas (as pré-candidaturas de Bruno Covas, José Anibal, Andrea Matarazzo e Ricardo Trípoli demonstraram isso; bem como o racha nacional entre Serra e Aécio).
Recapitulando: o PPS aliou-se ao PSDB para eleger Serra prefeito de São Paulo em 2004 (derrotando a petista Marta Suplicy) e governador do Estado em 2006 (sucedendo Alckmin, a quem apoiamos na disputa contra Lula).
Com essa aliança, o PPS passou a integrar os governos municipal (gestão Serra/Kassab) e estadual (participou da coligação que elegeu Serra, mas já pertencia à base de sustentação das administrações de Alckmin e, antes, de Mário Covas).
Porém, o PPS tem um histórico na busca de alternativas à polarização PT x PSDB. Em 1989, na última eleição disputada com o antigo nome de PCB, lançou Roberto Freire no 1º turno da primeira eleição presidencial pós-ditadura. No 2º turno, apoiou Lula contra Collor. Em 1992, já como PPS, teve papel fundamental no impeachment de Collor e na estabilização do governo transitório de Itamar Franco.
Em 1994, apoiou Lula contra FHC para a presidência. Em 1998, lançou Ciro Gomes contra a reeleição de FHC e, em 2002, contra José Serra. No 2º turno, apoiou Lula contra Serra. Um ano depois, o PPS anunciava o rompimento com o governo petista, denunciando problemas que seriam comprovados pouco tempo depois.
Em 2004, em São Paulo, apoiou José Serra contra a reeleição de Marta Suplicy. Participou da gestão e constatou os efeitos da péssima gestão petista. Em 2008 e 2012, lançou Soninha Francine como alternativa à polarização PT x PSDB, ou à sua opção genérica kassabista.
Neste 2º turno, repetimos o apoio a José Serra porque o consideramos mais preparado e confiável para gerir o Orçamento anual de R$ 42 bilhões da Prefeitura de São Paulo. PT não dá!
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