A melhor pergunta do debate promovido pela Folha de S. Paulo e pela RedeTV! nesta segunda-feira, 2 de setembro, foi curta e direta. Em apenas 4 palavras, a candidata do PPS Soninha Francine desnorteou o adversário petista: "E o Maluf, Haddad?"
Após a surpresa da pergunta, que provocou risos da plateia, Fernando Haddad afirmou que não gosta de "fulanizar a politica". Enrolou e não disse nada. Assista.
"Eu poderia dizer que o Russomanno é apoiado por Roberto Jefferson, que é o presidente nacional do PTB. E Serra, por Valdemar da Costa Neto [PR]." Ambos são réus do mensalão.
Como bem reportou a Folha, enquanto os líderes nas pesquisas tentaram passar o debate na defensiva, outros três candidatos preferiram o confronto direto: Soninha Francine (PPS) liderou as ofensivas contra Fernando Haddad (PT). Gabriel Chalita (PMDB) mirou José Serra (PSDB). Carlos Giannazi (PSOL) bateu igualmente no petista e no tucano.
A Folha resume: Soninha abreviou sua pergunta para pisar no calo do petista: "E o Maluf, hein?". A maioria da plateia riu, mas aliados de Haddad suaram frio em silêncio. Haddad foi obrigado a repetir o discurso de que se alia a partidos, não a pessoas.
O petista não respondeu porque Luiza Erundina (PSB) desistiu de ser candidata a vice, porque Marta Suplicy estava boicotando a sua candidatura, porque o PT não realizou prévias...
Chalita tirou Serra do sério ao acusá-lo de fechar escolas. "Isso demonstra o seu descaso com a educação", disse. "Fico assombrado", reagiu o tucano, irritado. "Ele está mentindo." Eles bateram boca e pediram direitos de resposta. Negados.
Giannazi foi ecumênico: citou o mensalão para Haddad e o livro "Privataria Tucana" para Serra.
No segundo bloco, quando os candidatos responderam às questões formuladas por jornalistas, Haddad também foi instado a falar sobre como conciliar o discurso do "novo" de sua campanha com o passivo de seu partido no escândalo do mensalão.