segunda-feira, 5 de julho de 2010

Depois da frustração da Copa, começa a campanha

Passada a torcida (frustrada) pelo hexa do Brasil na Copa, todas as atenções se voltam finalmente para a campanha eleitoral. A prioridade, sem dúvida, é a disputa presidencial, onde José Serra e Dilma Roussef largam empatados, e Marina Silva parece ser o único sopro de algo novo, embora insuficiente para quebrar a polarização entre tucanos e petistas (e os aliados de ambos, os mesmos de sempre).

As disputas estaduais têm atenção menor do público e da mídia, mas as eleições para governador e, em amplitude menor, para senador, merecem um espaço muitíssimo superior ao pleito para deputado federal e estadual, que passa quase despercebido pela grande quantidade de candidatos e o interesse (e espaço) reduzido da imprensa.

Disputa paulista

Para o Governo de São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin parece mesmo imbatível. A dúvida é se candidaturas como a de Celso Russomano (PP) e de Paulo Skaf (PSB) terão votos suficientes para levar Aloizio Mercadante (PT) a um eventual segundo turno.

Para o Senado, ao contrário, o favoritismo absoluto é de Marta Suplicy (PT). A segunda vaga deve ser disputada voto a voto por Romeu Tuma (PTB), Orestes Quércia (PMDB) e Aloysio Nunes (PSDB), que parte do traço na pesquisa com a esperança de crescer no vácuo dos tucanos Serra e Alckmin.

Por fora, como zebra surge o pagodeiro e vereador paulistano Netinho de Paula (PCdoB). A ex-vereadora e jornalista Soninha Francine (PPS), que chegou a ser anunciada pré-candidata ao Governo e posteriormente ao Senado, ficará mesmo fora da disputa em 2010. Ainda que sua candidatura pudesse ser lançada, por recente interpretação do TSE sobre a legislação eleitoral, o PPS optou por respeitar o acordo firmado dentro da coligação com PSDB, DEM e PMDB.