terça-feira, 14 de junho de 2011

Quem não quer estar ao lado de Marina Silva?

É injustificável essa queda de braço da atual direção nacional do PV com a senadora Marina Silva e seu grupo político. O motivo? Fala-se na imprensa que a intenção de renovar o partido, interferir na sua direção, reformar os estatutos e combater o fisiologismo da legenda desagrada a burocracia dominante.

Noticia-se que a presidenciável estuda deixar o PV para ter liberdade de apoiar candidatos de agremiações diversas em 2012. E, talvez para 2014, montar um novo partido - denominado inicialmente de Partido da Causa Ecológica.

Ex-ministra de Lula, Marina foi candidata à Presidência da República em 2010 pelo PV e conquistou quase 20 milhões de votos, com uma campanha alternativa que ganhou participação espontânea e entusiasmada, principalmente da juventude nas redes sociais.

Veja a ironia: enquanto a atual direção do PV se opõe ao arejamento do partido, o PPS busca exatamente a formatação de uma nova organização política, mais aberta, transparente, democrática, renovada, sensível aos anseios da sociedade e que supere o atual modelo ultrapassado de política-partidária.

Ir contra o que propõe Marina Silva hoje é fechar os olhos para uma parcela bastante significativa da população, que deu nas urnas o seu recado de descontentamento contra a mesmice da política e tem o desejo sincero de transformar a sociedade.

Pois, anunciado o 17º Congresso Nacional que terá como tema "Unir a Esquerda para Mudar o País", às vésperas dos 20 anos de fundação do PPS (e 90 anos do pioneiro PCB), com um balanço crítico da transição PCB/PPS e tendo como maior objetivo a formatação de uma nova organização política, é a oportunidade de construirmos verdadeiramente uma terceira via para o Brasil.

Já estão convidados publicamente para o diálogo, além de Marina Silva, figuras expressivas que mostram descontentamento com os atuais rumos do PV: Fernando Gabeira, Alfredo Sirkis, Fabio Feldmann, Guilherme Leal, João Paulo Capobianco, Ricardo Young, Eduardo Jorge, Mauricio Brusadin, entre outros.

A intenção não é trazê-los para dentro da hierarquia do PPS, mas estabelecer um pacto para as eleições de 2012, garantindo legenda para seus representantes, e, juntos, consolidarmos esta proposta alternativa e promissora para 2014 com uma nova formatação político-partidária e social.

Está na hora de termos bom senso, coragem e ousadia pelo Brasil e pelo nosso futuro. Demos o primeiro passo. Nas postagens abaixo há mais detalhes sobre os novos rumos que estamos buscando para o país.

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