No fim de março, o jornalista e presidente de honra do PPS em São Paulo, Moacir Longo, recebeu para uma entrevista histórica e descontraída Amaro Aquilino Meneses, antigo militante do PCB (Partido Comunista Brasileiro).
A idealizadora do bate-papo realizado na sede do PPS em São Paulo foi a professora Vera Lúcia Meneses, filha de Amaro Aquino, e que impulsionada pelo pai já concorreu em 2004 e 2006 para deputada federal e para vereadora em 2008.
Também participaram da entrevista dois outros tradicionais militantes do Partidão: Dina Lida Kinoshita, coordenadora da Comissão de Relações Internacionais do PPS, e Alberto Negri, metalúrgico e vendedor aposentado.
Amaro Aquilino milita no PCB/PPS desde 1940. Para ele, a extinção do PCB em 1947 foi o momento mais marcante na sua vida de militante. Após essa data, todas as atividades políticas passaram a funcionar na clandestinidade, o que transformava esses corajosos militantes em verdadeiros heróis.
Pernambucano de Serinhaem, Amaro desembarcou em terras paulistanas no dia 29 de julho de 1946. Como todo valente nordestino, trabalhou como pedreiro, mestre de obra e empeiteiro. “Ajudei a construir São Paulo”, diz orgulhoso.
Durante um pouco mais de uma hora de entrevista, Amaro relembrou momentos da política nacional, da militância política e finalizou mandando um recado para a juventude brasileira: “Vocês devem se dedicar à educação e à vida pública, pois só assim o país poderá mudar e se tornar ainda melhor”. (Renan Geishofer)