Faltando menos de duas semanas para o fim do ano, em meio às festas de Natal e Réveillon, a Câmara Municipal de São Paulo vive clima intenso de discussões e a expectativa da convocação de sessões extraordinárias num ritmo alucinante, muito além do padrão de 2018. Tudo isso com zero entendimento político.
O prefeito Bruno Covas (PSDB), preocupado com o caixa de 2019 e interessado em implementar sua imagem à frente do governo paulistano, quer aprovar a toque de caixa duas mini-reformas: uma administrativa, mexendo na estrutura de duas secretarias (na esteira da dança das cadeiras que haverá em janeiro), e outra da Previdência dos servidores municipais, aumentando a alíquota e implantando a SampaPrev.
Fora isso, estão reservados pelo menos dois dias para discussão e aprovação do tradicional pacotão de projetos dos vereadores, em 1ª e 2ª votação, além da lista dos chamados "projetos polêmicos" (em sessão prevista para quinta, dia 20). O que vai acontecer ainda é um mistério.
A última sessão do ano será obrigatoriamente a votação do Orçamento. A dúvida é até que data seguirá o plenário, com o empenho do governo para aprovar essas duas mini-reformas, em duas votações cada, sendo que a maioria dos vereadores não tem o mínimo conhecimento do que estará sendo votado (se é que algo ainda será votado, já que vários vereadores prometem fazer obstrução). Pode isso, Arnaldo?