quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

É mais fácil acreditar em Papai Noel do que na Justiça

O vaivém jurídico que ameaçou colocar nas ruas mais de 100 mil presos em segunda instância, mas enfim foi barrado com um mínimo de sensatez após algumas horas de instabilidade e risco à legalidade no país, traz três lições natalinas:

1) Tem palhaço querendo aparecer mais que Papai Noel.

2) Existe presente que não adianta prometer. Nem o dinheiro compra.

3) A opinião de muitas pessoas sobre decisões monocráticas, ainda mais durante o recesso do Judiciário, muda ao gosto do freguês. Incrível!

Foi impagável ver como tem gente incoerente e hipócrita, que comemora ou condena atos idênticos da Justiça, dependendo de quem seja o beneficiário da decisão. O papo de que a lei é igual para todos é pura balela. Uma vergonha!

Que se discuta o mérito da questão das prisões em segunda instância no colegiado do STF, pelo suposto desacordo com o texto da Constituição, vá lá. Mesmo que seja um assunto recorrente, que pode ter decisões diferentes tomadas em tão pouco tempo e ainda ficar sujeito aos humores dos ministros. Mas que algum showman de toga queira individualmente passar por cima das instituições, é simplesmente inaceitável. Acorda, Brasil!