quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Eleições de 2018 vão sacudir a Câmara de São Paulo

As eleições de 2018 são de caráter nacional e estadual, para eleger o presidente da República, dois senadores, deputados federais, deputados estaduais e governador, mas a agitação e o envolvimento na Câmara Municipal de São Paulo estão garantidos. Além de uma eventual candidatura do prefeito João Doria, alçando na prática o presidente da Casa, vereador Milton Leite (DEM), à função de vice-prefeito, diversos outros vereadores podem concorrer a outros cargos ou tem familiares candidatos.

Nomes como Mario Covas Neto (PSDB), Police Neto (PSD), Eduardo Suplicy (PT) e Juliana Cardoso (PT) são potenciais candidatos de seus partidos ao Senado. Uma lista ainda indefinida é cotada para a Assembleia e para a Câmara dos Deputados. Outros, como Adriana Ramalho (PSDB), Aline Cardoso (PSDB), George Hato (PMDB), Gilberto Nascimento (PSC) e Rodrigo Goulart (PSD) são filhos de deputados que concorrem à reeleição.

As vereadoras Sandra Tadeu (DEM) e Patricia Bezerra (PSDB) são casadas com deputados. Os vereadores Reginaldo Tripoli (PV), Rute Costa (PSD), Jair Tatto e Arselino Tatto (PT) tem irmãos deputados e candidatos. Ota (PSB) tem a mulher deputada. Milton Leite tem dois filhos.

Portanto, num primeiro apanhado, listando apenas candidatos ou seus parentes diretos, ao menos metade da Câmara estará envolvida diretamente na caça de votos. Mas certamente a outra metade estará igualmente ligada na campanha, nestas eleições que devem ser as mais imprevisíveis das últimas décadas.

Isso tudo num ano complexo para a gestão municipal. O pacote de privatizações depende ainda de uma série de ajustes e aprovações no plenário da Câmara. Projetos polêmicos e de grande impacto na cidade devem ser pautados, como mudanças na lei de zoneamento e até mesmo a reforma da Previdência Municipal, tão ou mais controversa que a reforma da Previdência debatida no Congresso Nacional. O motivo é o mesmo: o déficit é crescente e as contas não fecham.

Há também outros pontos nevrálgicos da administração funcionando em caráter precário e emergencial, com licitações adiadas ou contratos vencidos e prorrogados indefinidamente, como é o caso do sistema de ônibus paulistano, além da iluminação pública e da varrição e limpeza urbana.

Em abril é possível que tenhamos um novo prefeito (o vice Bruno Covas assume com uma eventual candidatura de João Doria) e certamente novos secretários municipais, além da leva de vereadores candidatos ou com parentes candidatos que vão contaminar com o ritmo de campanha o Palácio Anchieta. Também a ascensão do vice Marcio França (PSB) ao Governo do Estado, assumindo a cadeira do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), vai impactar nos partidos da base e na correlação de forças municipais. Na política interna, Eduardo Tuma (PSDB) desde já é candidato à sucessão de Milton Leite em dezembro.

Ufa! É muita coisa para acompanhar, absorver, refletir, fiscalizar. Ou seja, você já percebeu que o trabalho do CâmaraMan será intenso e ainda mais imprescindível no decorrer deste ano. Boa informação é tudo! Seguuuuura que 2018 não vai ser fácil! #tamojunto


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