São tão incomuns as votações diárias, de segunda a sexta-feira, como tem ocorrido nestes últimos dias de trabalho em 2017 na Câmara Municipal de São Paulo, que nem mesmo a estrutura interna tem dado conta de tanta informação.
O último pacotão de 106 projetos aprovados na quinta-feira, dia 14, não foi nem sequer divulgado na íntegra pelo Portal da Câmara, como é praxe. Nem os vereadores sabem ao certo o que aprovaram simbolicamente. Isso porque, além de inusual essa velocidade e quantidade de votações, foram inseridos os chamados "pés de pauta": projetos que não constavam da ordem do dia e acabaram aprovados após requerimento de inclusão. E haja confusão!
Esta semana já começa com mais pacotão. Durante o ano, os vereadores normalmente tem pauta de votação apenas num dia da semana, isso quando há acordo para dar quorum. Mas nessa reta final do ano, para atingir a "cota" estabelecida (há um acordo informal para que todos aprovem a mesma quantidade de projetos) e atender a demanda do Executivo, estão sendo dez dias de trabalho ininterrupto, tanto nas comissões internas quanto nas sessões extraordinárias, que varam a noite.
A pauta desta segunda-feira, 18 de dezembro, também está recheada. A intenção é aprovar mais um pacotão de projetos em primeira e segunda votação, que seguem posteriormente à sanção ou veto do prefeito João Doria, e encerrar os trabalhos na terça-feira (19), com a aprovação do Orçamento para o ano de 2018. Estão pautados 130 projetos e, preventivamente, foram convocadas 18 sessões extraordinárias entre a tarde de segunda-feira e a madrugada da quarta-feira.
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