A imprensa tem especulado. Partidos se assanham. As redes sociais repercutem para o bem e para o mal. Afinal, Luciano Huck vai mesmo ser candidato à Presidência da República em 2018? O que você acha? Pelo #ProgramaDiferente tenho conversado sobre esta possibilidade com gente que em tese - além do próprio Huck, que terá uma decisão pessoal pela frente - pode nos informar sobre o assunto: os representantes dos "movimentos cívicos" ligados ao apresentador.
Nada parece definido, até porque não deve mesmo haver uma resposta simples: largar um dos maiores salários da televisão brasileira, num programa que vem dando certo, com patrocínios e merchans milionários, para entrar de cabeça no caldeirão da política, cheia de ingredientes nocivos e sabores indigestos? Ter a sua vida privada e empresarial esmiuçada, expor a família (uma mulher igualmente famosa e três crianças) a constrangimentos e trocar a vida de celebridade pelas obrigações e responsabilidades de um homem público?
Como qualquer assunto hoje em dia, a eventual entrada de Luciano Huck na política também desperta ódios e paixões. É preciso avaliar esse indisfarçável interesse com equilíbrio e sensatez, tanto do ponto de vista do empresário-apresentador quanto das legendas que já se oferecem (com "tapete vermelho", como publicam os jornais) para essa espécie de "bar-mitzvá" político, cerimônia que pode inserir o jovem bon vivant como um membro maduro na comunidade partidária.
Não me alinho automaticamente nem entre aqueles que já o incensam como salvador da pátria, nem entre os que o mandam vender sabão, malcriação típica dos haters virtuais e criadores de memes, com farta matéria-prima para criticar as eventuais pretensões eleitorais de Luciano Huck, garoto-propaganda de sabão em pó a carro japonês e associado a quadros televisivos com nomes sugestivos para a zoeira, como Lata Velha, Lar Doce Lar, Herói Por Um Dia, Árvore dos Desejos, Encontrar Alguém, Quando Você Menos Espera, Quem Quer Ser Um Milionário ou Visitando o Passado.
Se Luciano Huck quer verdadeiramente ressignificar a política, seja como protagonista nas urnas ou influente mecenas eleitoral através do apadrinhamento de candidatos e movimentos, terá como primeiro desafio exatamente o de se diferenciar dos velhos políticos, partidos e marqueteiros que apresentam seus "produtos" como quem vende sabão em pó. Basta dos mesmos vícios. Se é para errar, vamos ao menos cometer erros novos, tentando acertar.
Neste caldeirão de partidos e movimentos cívicos, a receita é simples. Inovar não é inventar. Basta seguir o trivial da boa política, sem fórmulas mágicas: ética e transparência, com essência republicana e aroma democrático. Só não pode misturar o sabão em pó da velha política, que faz uma espuma danada mas é ineficaz na limpeza pesada que o Brasil precisa.
Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente
Não me alinho automaticamente nem entre aqueles que já o incensam como salvador da pátria, nem entre os que o mandam vender sabão, malcriação típica dos haters virtuais e criadores de memes, com farta matéria-prima para criticar as eventuais pretensões eleitorais de Luciano Huck, garoto-propaganda de sabão em pó a carro japonês e associado a quadros televisivos com nomes sugestivos para a zoeira, como Lata Velha, Lar Doce Lar, Herói Por Um Dia, Árvore dos Desejos, Encontrar Alguém, Quando Você Menos Espera, Quem Quer Ser Um Milionário ou Visitando o Passado.
Se Luciano Huck quer verdadeiramente ressignificar a política, seja como protagonista nas urnas ou influente mecenas eleitoral através do apadrinhamento de candidatos e movimentos, terá como primeiro desafio exatamente o de se diferenciar dos velhos políticos, partidos e marqueteiros que apresentam seus "produtos" como quem vende sabão em pó. Basta dos mesmos vícios. Se é para errar, vamos ao menos cometer erros novos, tentando acertar.
Neste caldeirão de partidos e movimentos cívicos, a receita é simples. Inovar não é inventar. Basta seguir o trivial da boa política, sem fórmulas mágicas: ética e transparência, com essência republicana e aroma democrático. Só não pode misturar o sabão em pó da velha política, que faz uma espuma danada mas é ineficaz na limpeza pesada que o Brasil precisa.
Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, diretor executivo da FAP (Fundação Astrojildo Pereira), líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente