quinta-feira, 15 de junho de 2017

Câmara de São Paulo tem "sessão descarrego"



Foi, nas palavras do presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (DEM), uma "sessão descarrego" sobre o episódio da agressão envolvendo o vereador Camilo Cristófaro (PSB), uma assessora dele (que apareceu no plenário com o braço engessado) e um assessor do vereador Eduardo Suplicy (PT), além da lembrança do caso anterior, no qual o mesmo Camilo Cristófaro foi acusado de agressão verbal pela vereadora Isa Penna (PSOL).

O ambiente desta quarta-feira, 14 de junho, véspera do feriado de Corpus Christi, foi dominado pela repercussão desses episódios de agressões que tem se tornado uma triste rotina, além de acusações graves, culminando com discursos defendendo a imagem da Casa e o "espírito de corpo" - isso depois da "desinteligência" (jargão para esse tipo de ocorrência policial) parar na delegacia e motivar até um "corpo de delito" no Instituto Médico Legal.

Com versões absolutamente conflitantes - uma delas desmentida pelas próprias imagens - fica até difícil levar a sério tudo o que se diz. A conclusão preliminar que se chega (de fora) é a de sempre: a Câmara é de fato um mundo à parte. Uma realidade paralela. Faz inveja ao realismo fantástico da TV e do cinema.

Lá dentro o entendimento é outro: a "culpa" é de quem sai filmando indiscriminadamente o que acontece (tachado por alguns parlamentares de "atitude irresponsável" ou "comportamento reprovável"). A vereadora Sandra Tadeu (DEM) chegou a sugerir uma lei - ficou no ar se falou sério ou arriscou uma piada - para proibir a gravação de imagens nos corredores da Câmara Municipal.

Dito isso - e com o histórico de punições na Casa não a quem comete ilicitudes, mas a quem as publica ou critica - vamos nos poupar de emitir qualquer opinião. Faça você, leitor ou leitora, o seu próprio julgamento. Reveja aqui a polêmica e leia na íntegra as notas taquigráficas das sessões desta quarta-feira, uma ordinária e uma extraordinária, que tratam do ocorrido. Vamos ver no que vai dar. (Câmara Man)