Na Folha de S. Paulo de hoje, um artigo do ex-vereador Nabil Bonduki e uma nota do deputado estadual José Américo Dias, ambos contra o prefeito João Doria e desavergonhadamente pró-Geraldo Alckmin (como se isso fosse possível!) dão o tom do ridículo do ocaso petista. Mal conseguem consolidar Lula como candidato petista, querem escolher agora o adversário tucano... kkkkkkk
Artigo de Nabil Bonduki: Doria adota métodos antiquados de gestão
Recentemente, Doria foi convidado a abrir o seminário Cidades do Futuro, promovido por uma rádio paulistana. Esperava-se que ele apontasse os desafios que as grandes cidades devem enfrentar no século 21 (mudanças climáticas, desigualdade, novos modos de vida, violência, mobilidade) e a estratégia proposta para São Paulo.
Para surpresa do público, o prefeito proferiu mais um discurso ideológico e raivoso, no tom da polarização simplificadora que domina o debate, defendendo o golpe parlamentar de 2016 e o governo Temer. Em 12 minutos, nada falou sobre o futuro das cidades.
Muito ruim para um político que diz não ser político. Pior ainda para uma cidade que requer um prefeito que administre o presente com os olhos voltados para o futuro, implementando mudanças estruturais no seu modelo urbano, como propõe o Plano Diretor Estratégico.
O prefeito busca forjar uma imagem de gestor moderno. Com marketing eficiente, tem obtido bons resultados, mas sua gestão não resiste a uma avaliação qualificada. Nada tem de moderna; é antiquada nos métodos e tímida nos objetivos.
É autoritária e vertical, desprezando os métodos participativos e colaborativos, contemporâneos. Não trabalha em equipe, impondo aos secretários iniciativas equivocadas e superadas, que contrariam a experiência acumulada de políticas públicas.
Exemplos não faltam. O Conselho de Política Urbana não se reuniu neste ano. Secretários são cobrados por resultados impossíveis de serem alcançados, como mostrou a demissão de Soninha. Outros não são respaldados, caso do secretário de Educação. A relação com o Legislativo é a de sempre.
Afirmando priorizar a educação, fecha salas de leitura, de informática e de brinquedos, quando é consenso entre os educadores que a formação infantil requer atividades lúdicas combinadas com educação formal.
Acelerando, reforça a superada cultura do automóvel, ameaça desativar ruas abertas e ciclovias e aumenta a velocidade, os acidentes e as mortes nas marginais. A solução é recolher as vítimas, com mais rapidez, aos hospitais ou aos cemitérios...
Doria prometeu trazer a eficiência do setor privado para a gestão pública, mas isso está longe de acontecer, como no caso do Programa de Metas. Reduziu as metas a níveis tão insignificantes que será fácil alcançá-las, preservando sua imagem, mesmo sem trazer benefício algum para a população. A proposta é tão tímida e mal formulada que o gestor de uma empresa que propusesse resultados tão inexpressivos seria trocado pelos acionistas.
Se os políticos tradicionais estão desgastados, mais arriscado é investir em fraudes midiáticas. Em tempo, Alckmin, que fechou o seminário, falou com mais pertinência sobre o futuro das cidades.
Recentemente, Doria foi convidado a abrir o seminário Cidades do Futuro, promovido por uma rádio paulistana. Esperava-se que ele apontasse os desafios que as grandes cidades devem enfrentar no século 21 (mudanças climáticas, desigualdade, novos modos de vida, violência, mobilidade) e a estratégia proposta para São Paulo.
Para surpresa do público, o prefeito proferiu mais um discurso ideológico e raivoso, no tom da polarização simplificadora que domina o debate, defendendo o golpe parlamentar de 2016 e o governo Temer. Em 12 minutos, nada falou sobre o futuro das cidades.
Muito ruim para um político que diz não ser político. Pior ainda para uma cidade que requer um prefeito que administre o presente com os olhos voltados para o futuro, implementando mudanças estruturais no seu modelo urbano, como propõe o Plano Diretor Estratégico.
O prefeito busca forjar uma imagem de gestor moderno. Com marketing eficiente, tem obtido bons resultados, mas sua gestão não resiste a uma avaliação qualificada. Nada tem de moderna; é antiquada nos métodos e tímida nos objetivos.
É autoritária e vertical, desprezando os métodos participativos e colaborativos, contemporâneos. Não trabalha em equipe, impondo aos secretários iniciativas equivocadas e superadas, que contrariam a experiência acumulada de políticas públicas.
Exemplos não faltam. O Conselho de Política Urbana não se reuniu neste ano. Secretários são cobrados por resultados impossíveis de serem alcançados, como mostrou a demissão de Soninha. Outros não são respaldados, caso do secretário de Educação. A relação com o Legislativo é a de sempre.
Afirmando priorizar a educação, fecha salas de leitura, de informática e de brinquedos, quando é consenso entre os educadores que a formação infantil requer atividades lúdicas combinadas com educação formal.
Acelerando, reforça a superada cultura do automóvel, ameaça desativar ruas abertas e ciclovias e aumenta a velocidade, os acidentes e as mortes nas marginais. A solução é recolher as vítimas, com mais rapidez, aos hospitais ou aos cemitérios...
Doria prometeu trazer a eficiência do setor privado para a gestão pública, mas isso está longe de acontecer, como no caso do Programa de Metas. Reduziu as metas a níveis tão insignificantes que será fácil alcançá-las, preservando sua imagem, mesmo sem trazer benefício algum para a população. A proposta é tão tímida e mal formulada que o gestor de uma empresa que propusesse resultados tão inexpressivos seria trocado pelos acionistas.
Se os políticos tradicionais estão desgastados, mais arriscado é investir em fraudes midiáticas. Em tempo, Alckmin, que fechou o seminário, falou com mais pertinência sobre o futuro das cidades.