Revendo pesquisas de eleições anteriores, notamos que Kassab em 2008 e Haddad em 2012, que acabaram eleitos, também estavam bem atrás dos líderes nesta mesma época (mais de três meses antes do 1º turno).
Portanto, até o favoritismo de Celso Russomanno (PRB) é bastante relativo, pois a sua candidatura pode ser impedida pela Lei da Ficha Limpa. Se escapar das garras da Justiça tem tudo para chegar ao 2º turno, contrariando aqueles que apostam na fragilidade da sua campanha e na repetição da queda ocorrida em 2012 (quando também largou como favorito).
De resto, Marta (PMDB) e Erundina (PSOL) demonstram que existe uma parcela fiel do eleitorado que mantém a confiança nas ex-prefeitas. A rejeição de Marta é o maior obstáculo. Com 43% dos eleitores que descartam votar nela "em qualquer hipótese", segue apanhando de petistas e anti-petistas. Já Erundina tem um nicho muito específico, uma alternativa à esquerda do próprio PT, que tira votos de Haddad e ocupa um espaço que a Rede Sustentabilidade ainda não conseguiu entre os cidadãos indignados com a política e com os partidos mais tradicionais.
Apostando na polarização entre PT e PSDB, o tucano João Doria vem crescendo e montando uma ampla aliança, tutelado pelo governador Geraldo Alckmin. Corre por fora o ex-tucano Andrea Matarazzo (PSD), tentando se viabilizar com uma proposta alternativa. Busca criar um fato novo na eleição compondo chapa com o também vereador Ricardo Young (Rede) para vice-prefeito. Como diria Russomanno, estando bom para ambas as partes... Pode render.