É surpreendente a atração que petistas e partícipes dos seus governos têm por "malfeitos" (segundo o termo politicamente correto para proteger corruPTos, adotado pela cartilha de Lula e Dilma, aqueles que também pregam que "vale fazer o diabo para ganhar uma eleição").
O mais recente escândalo envolve o doleiro preso Alberto Youssef, que teria conseguido financiamento de R$ 31 milhões do Ministério da Saúde (na gestão Padilha) para o laboratório Labogen por meio de "contatos políticos", segundo depoimento à Polícia Federal de um dos sócios da empresa, Leonardo Meirelles.
Um destes contatos políticos é o deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara dos Deputados, aquele que já tentou constranger o ministro Joaquim Barbosa, e que agora foi flagrado pela Polícia Federal de "carona" no avião do doleiro preso e trocando mensagens sobre o favorecimento à Labogen. (Seria a "lei do retorno"?)
Na conversa, o deputado petista relata ao doleiro que a reunião com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, "foi boa demais". E conclui: "Ele garantiu que vai nos ajudar". Eeeepa!
A Labogen assinou em dezembro do ano passado um contrato com o Ministério da Saúde para produzir o citrato de sildenafila, o Viagra. O acordo previa pagamento de R$ 31 milhões em cinco anos. Ulalá!
Este mesmo laboratório - veja que coincidência - foi usado pelo doleiro Youssef para fazer remessas ilegais ou internalizar US$ 37 milhões (ou R$ 84 milhões) com a simulação de importações e exportações, segundo a PF.
E-mails apreendidos apontam ainda que o diretor de Produção Industrial e Inovação do Ministério da Saúde, Eduardo Jorge Oliveira, teria orientado a Labogen a se associar com uma megaempresa, o laboratório EMS, que cuidaria sozinha da produção de 35 milhões de comprimidos ao ano. Hmmmm...
Segundo a Folha de S. Paulo, a suspeita da PF é que a Labogen foi usada apenas para pagar propina a servidores públicos por causa da diferença de porte entre as empresas. A Labogen tem folha de pagamento de R$ 28 mil. Já a EMS é o laboratório com o maior faturamento no país (R$ 5,8 bilhões em 2012).
Sem motivo aparente, lembramos agora do bordão daquele personagem antigo do Jô Soares: "Vai pra casa, Padilha!"
Por que será, hein?
PT, saudações.
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