segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Qual é o Brasil que sai das urnas? E o PPS?

Esse gráfico ao lado (clique nele para ampliar) é a nova divisão partidária do Brasil após os resultados do 2º turno das eleições municipais de 2016. Faz parte de um amplo e bem realizado trabalho do Estadão sobre o Brasil que sai das urnas. Veja aqui.

Em linhas gerais, o PSDB é o maior vencedor dessas eleições. O PT, o grande perdedor. O PMDB, do presidente Michel Temer, também cresceu nas urnas. Ou seja, quem apostava que a tal "narrativa do golpe" fosse gerar algum ganho eleitoral, caiu do cavalo.

O PSDB ficou com 803 prefeituras (tinha 695 em 2012), o que representará um total de 34,4 milhões de eleitores sob administrações tucanas. Um mundão de gente! O PMDB, com quase 21 milhões de eleitores, comandará o maior número de cidades, ou 1.036 prefeituras. O PT despencou de 638 prefeitos eleitos em 2012 para 256 em 2016, uma redução de 59,87%. Trágico legado de Lula e Dilma.

Outra constatação óbvia com os resultados eleitorais de 2016: não há nenhuma dúvida que Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, é a liderança política que obteve a maior vitória pessoal e larga hoje com ampla vantagem como candidato à Presidência da República em 2018. É o nome favorito não apenas entre os tucanos mas também para uma baciada de partidos das prováveis alianças que já se esboçam nos governos paulista e paulistano, e devem se consolidar para a disputa eleitoral daqui a dois anos.

Bons resultados para o PPS: 122 prefeitos eleitos no Brasil

Das sete cidades em que disputou o segundo turno das eleições municipais de 2016, o PPS venceu cinco (só ficou atrás do PSDB e do PMDB): reelegeu os prefeitos Luciano Rezende (Vitória-ES), Juninho (Cariacica-ES) e Marcelo Rangel (Ponta Grossa-PR), e conquistou também as prefeituras de São Gonçalo (RJ), com o deputado estadual José Luiz Nanci, e de Montes Claros (MG), com a eleição do ex-deputado federal Humberto Souto.

O PPS elegeu ainda dois vice-prefeitos no 2º turno: em Niterói (RJ), o vice será o deputado estadual Comte Bittencourt, com a vitória nas urnas de Rodrigo Naves, do PV. Em Ribeirão Preto (SP), o vice será o promotor de Justiça Carlos Cezar Barbosa, com a vitória do deputado federal Duarte Nogueira, do PSDB.

O PPS também concorria no 2º turno a outras duas prefeituras no Estado de São Paulo: em São Bernardo do Campo, com o deputado federal Alex Manente, e no Guarujá, com Haifa Madi. Não venceu, mas é de São Paulo o maior número de prefeitos eleitos pelo PPS: 33, seguido por Minas Gerais (31), Paraná (22) e Rio de Janeiro (7, mas disparado com o maior número de habitantes sob as suas futuras administrações).

Que o PPS saiba aproveitar estes bons resultados no 2º turno para implantar o modelo de governança democrática que tanto pregamos para as cidades brasileiras, além de focar os congressos partidários de 2017 com sensibilidade para fazer a melhor política e as mudanças necessárias para reposicionar o partido na sociedade e pavimentar os novos caminhos rumo às eleições de 2018.

Com 1.663 vereadores e os prefeitos do PPS eleitos em Vitória, Cariacica, Ponta Grossa, Montes Claros, São Gonçalo, além dos vices em Niterói, Ribeirão Preto e daqueles já eleitos no 1º turno, com destaque para as cidades fluminenses de São Gonçalo, Campos dos Goytacazes e Magé, além da paraense Castanhal e da paranaense Guarapuava, para citar os municípios com o maior número de habitantes, temos um quadro bem representativo e diversificado para fazer diferente e bem feito.

Isso tudo além de Mariana (MG), Santos Dumont (MG), Lagoa Santa (MG), Araucária (PR), Campo Mourão (PR), Sumaré (SP), Jaboticabal (SP) e Itatiba (SP), cidades médias entre as 122 prefeituras eleitas pelo partido, com mais de 3,3 milhões de votos recebidos no total, o que resultará em mais de 4 milhões de cidadãos sob o comando direto de prefeituras geridas pelo PPS a partir de 1º de janeiro de 2017.

Parabéns a todos e, depois da merecida festa democrática, vamos seguir neste trabalho de construção! Dá-lhe 23!