São até compreensíveis as bravatas de Renan Calheiros, futuro senador-réu, com a cabeça a prêmio, contra a Justiça. Afinal, depois de tantos anos cantando de galo em sucessivos governos, de Collor a Dilma, passando por FHC e Lula, o oportunista-mor da República vai enfim para a fritura.
Se (e quando) vai fazer a ponte aérea Brasília-Curitiba, seguindo os passos do parceiro Eduardo Cunha, ainda não sabemos. Mas que não resistirá na presidência do Senado (e na linha sucessória na Presidência da República) são favas contadas.
Mas, enfim, se é ruim para o Renan, é bom para o Brasil.
Sob ameaça de, finalmente, ser "justiçado" (diga-se que não se tornará réu sem motivos), Renan dispara a metralhadora verborrágica: para ele, a PF usa "métodos fascistas", o Ministro da Justiça é um "chefete de polícia" e o juiz federal que "ousou" confrontá-lo é um "juizeco de primeira instância".
Nem é preciso fazer muito exercício de futurologia para prever dias ruins para o "senadoreco" Renan Calheiros, essa mistura mal ajambrada de senador com coronel da velha política. Já vai tarde!