Mil imigrantes devem chegar de ônibus à capital paulista nos próximos dias. As viagens estavam interrompidas desde o ano passado, quando a polêmica veio à tona. Talvez para poupar o PT de um desgaste eleitoral, o caso foi abafado.
Mas agora, segundo matéria da Folha de S. Paulo e sem avisar oficialmente a prefeitura paulistana, o governo do Acre retomou o envio criminoso desses imigrantes haitianos. O primeiro ônibus, com capacidade para 44 passageiros, saiu de Rio Branco na quinta-feira passada (14) para mais de 80 horas de viagem.
Serão 22 viagens, duas por dia, para transportar 968 haitianos no total, de acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Acre. O custo do transporte, de R$ 1 milhão, será financiado pelo Ministério da Justiça do governo Dilma Rousseff (PT).
Segundo o secretário acriano Nilson Mourão, até 20 imigrantes chegam ao Acre todos os dias, e o abrigo do governo estadual na capital do Estado tem hoje 500 pessoas.
"Chegamos ao limite. A situação é delicada, passou do nosso nível de capacidade."
Questionado sobre se a Prefeitura de São Paulo ou o Governo do Estado foram informados da medida, o secretário disse que não vê necessidade disso.
"Nosso papel é fazer os imigrantes chegarem ao destino final. Isso [ir para SP] é uma opção deles. Eles não vêm para ficar no Acre, mas para [ir a] outros centros", disse. "Muitos também não ficarão em São Paulo, seguirão para outras cidades onde estão seus parentes", completou.
Segundo a reportagem, a medida foi criticada pela gestão petista de Fernando Haddad, que disse não ter havido preparo para receber os haitianos.
A Secretaria de Direitos Humanos e Cidadania da gestão Haddad disse ter sido "surpreendida" e que essa medida gera "grande desconforto".
"Sem notificação e prazo para planejamento e mobilização, nem por parte do governo do Acre nem por parte do governo federal, nossa cidade terá dificuldades para receber em sua rede assistencial essa quantidade de pessoas", diz a nota oficial.
Em março do ano passado, já houve troca de acusações entre membros dos governos do Acre e de São Paulo por causa do envio dos imigrantes.
A prefeitura paulistana e o governo Alckmin reclamaram de não terem sido avisados sobre os ônibus. Mais de 3.000 haitianos foram despachados para São Paulo. Já o governador do Acre, Tião Viana, disse que a "elite paulistana" é "higienista".
"Sem notificação e prazo para planejamento e mobilização, nem por parte do governo do Acre nem por parte do governo federal, nossa cidade terá dificuldades para receber em sua rede assistencial essa quantidade de pessoas", diz a nota oficial.
Em março do ano passado, já houve troca de acusações entre membros dos governos do Acre e de São Paulo por causa do envio dos imigrantes.
A prefeitura paulistana e o governo Alckmin reclamaram de não terem sido avisados sobre os ônibus. Mais de 3.000 haitianos foram despachados para São Paulo. Já o governador do Acre, Tião Viana, disse que a "elite paulistana" é "higienista".
Quer saber a opinião do Blog do PPS? São todos uns irresponsáveis, incompetentes, despreparados. São criminosos contra os direitos humanos! Estão prevaricando, todos: o governador Tião Viana, o ministro José Eduardo Martins Cardoso e o prefeito Fernando Haddad, pois nenhum deles está cumprindo com as sua obrigações; esses petistas são bons de conversa mole mas não sabem o que fazer com esses milhares de haitianos que entram no Brasil pela fronteira do Acre. Leia mais.