Plano de Haddad para a mobilidade: decretar 365 feriados por ano em São Paulo
Entre a pressão do Ministério Público e as ameaças do MTST, e com direito a desabafo da vereadora petista Juliana Cardoso, naquele típico estilo de adolescente no facebook, incluindo até o indefectível #prontofalei (veja abaixo), a Câmara de São Paulo - que havia trabalhado na véspera surpreendentemente durante o jogo do Brasil - ficou estagnada nesta quarta-feira, 18 de junho.
Se não bastasse o feriado prolongado de Corpus Christi, iniciado nesta quinta, 19, o prefeito Fernando Haddad queria aprovar outro feriado também na segunda-feira, 23 de junho, quando a seleção brasileira joga em Brasília, às 17h, e o Itaquerão recebe o jogo Holanda x Chile às 13h. Prenúncio de novo caos no trânsito.
Ocorre que para aprovar esse feriado de última hora - assim como já haviam feito para "corrigir" o feriado da abertura da Copa por pressão dos comerciários e pretendem também fazer para ceder às exigências do MTST - os vereadores acabam apelando para o "contrabando" de projetos. É um precedente perigoso.
Explica-se: para acelerar a tramitação, os vereadores escolhem um projeto qualquer e emendam o seu conteúdo (totalmente desvinculado do original). Só assim, driblando o regimento da Câmara, seria possível aprovar a proposta a toque de caixa, no mesmo dia em que o prefeito a encaminha para o Legislativo. Puro contrabando.
No caso do feriado, a solução encontrada foi incluir uma emenda contrabandeada em projeto de lei que propõe nomear uma avenida no M' Boi Mirim, zona sul de São Paulo, como homenagem a Luiz Gushiken (ex-ministro de Lula e fundador do PT, morto em setembro de 2013). O projeto original é do ex-secretário municipal de Governo, vereador Antonio Donato.
Parece emblemático da gestão Haddad este contrabando, ainda mais por envolver nomes de petistas históricos para descumprir a lei e que acabam expondo toda a incapacidade administrativa deste prefeito do PT.
Porém, a proposta de feriado foi fragorosamente derrotada (após três tentativas consecutivas) na Câmara - apesar de Haddad contar com maioria absoluta entre os 55 vereadores, não conseguiu reunir 28 votos ontem.
Ficou explícita a insatisfação generalizada com o prefeito Haddad e a falta de planejamento da Prefeitura, que parece acéfala. Veja aqui o que fala o vereador Ricardo Young (PPS). Abaixo, leia depoimento de Mário Covas Neto (PSDB).
Para contornar mais esta derrota na Câmara, o prefeito Haddad adotou medidas paliativas como decretar ponto facultativo para o funcionalismo municipal e ampliar o rodízio de veículos (placas 1 e 2) para o dia inteiro, entre as 7h e as 20h.
É o desespero da Prefeitura para tentar amenizar mais uma tragédia anunciada, repetindo o cenário caótico da terça-feira. Fruto, sabe-se, da incapacidade gerencial e da falta de planejamento do governo.
Reza a sabedoria popular: "Quem não tem competência, não se estabelece".
Pede pra sair, Haddad! Você é ruim demais!
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Vila Ema, Mooca, Augusta... Queremos parques!
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