Em resposta à bravata do pré-candidato petista Fernando Haddad, que ganhou destaque no UOL e na CBN por querer ser o primeiro a assinar carta-compromisso de, se eleito, cumprir os quatro anos à frente da Prefeitura de São Paulo, apresentamos este compromisso de Soninha Francine, assumido desde a pré-campanha de 2008 e reiterado para 2012:
Meu maior objetivo na vida pública é a chefia do Executivo Municipal na cidade de São Paulo.
Tenho dito isso desde que exercia o mandato como vereadora. Cheguei à conclusão que, apesar do aprendizado incomparável que é ser parlamentar (aprendi mais sobre política em dois meses – antes mesmo de tomar posse – do que na vida toda), não quero disputar novo mandato Legislativo. Quero atuar agora no Executivo, ainda que em um cargo de terceiro escalão. Mas tenho o sonho, a pretensão e o projeto de ser prefeita.
A confirmar minha disposição, uso 2010 como exemplo. Nós do PPS nos dispusemos a participar da disputa pelo governo do Estado de São Paulo – sem chances reais de ganhar a eleição (seria ridiculamente leviano da minha parte afirmar o contrário), eu gostaria ao menos de participar dos debates, expor opiniões e propostas no programa de televisão, ter contato com milhares de pessoas para conversar com elas (o que inclui ouvi-las) sobre política e administração pública.
Com a mudança de planos, chegamos a cogitar a candidatura ao Senado. Uma mudança de planos, admito – mas trata-se, indiscutivelmente, de uma Casa Parlamentar diferenciada, em que um dos 3 eleitos por São Paulo tem reais possibilidade de interferência nos rumos do país. Mas não era meu Plano A, é evidente que não.
Restava a possibilidade de me candidatar à Assembleia ou à Câmara Federal – com imensas chances de ser eleita, a se julgar pela minha votação na capital em 2008.
Mas eu não queria ser deputada e não fui candidata, para espanto de vários colegas mais experimentados na política. “Você vai sumir”; “é importante aparecer”, “depois você assume um cargo no Executivo, boba”.
Mas eu NÃO QUIS fazer campanha, pedir votos, ocupar uma vaga de um cargo que não pretendia exercer. Ainda que isso me prejudicasse no que mais quero: a candidatura à prefeitura.
Creio que esse retrospecto, mais do que palavras no papel, comprova a honestidade do meu propósito. Quero ser prefeita mais que tudo na vida pública; viverei cada dia dos quatro anos de meu mandato com a intensidade de quem realiza um sonho. (Nem por isso condeno quem, por razões conjunturais, decidiu/ foi instado a disputar outra eleição antes do término do seu mandato. Apenas tenho certeza absoluta que não será o meu caso).
Atenciosamente,
Soninha Francine
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