Parece implicância gratuita cada vez que mencionamos aqui as transformações do bom e velho PT nesta massa disforme que cresceu, apodreceu e se grudou ao poder. Mas não tem como ignorarmos a notícia de que o PDT está indicando o deputado Major Olímpio para a vaga de vice-governador de São Paulo na chapa do petista Aloizio Mercadante.
O "dono" do PDT de São Paulo, Paulinho da Força Sindical, já avisou que não aceita a recusa do nome de Olímpio. Que bela chapa! O defensor-mor do poderoso chefão do Senado, José Sarney, aliado com um PM linha-dura são os representantes do PT na inglória tarefa de derrubar o favoritismo de Geraldo Alckmin. Os tucanos agradecem.
Surpresas em São Paulo
Há quem acredite em uma reviravolta patrocinada pelo PT para derrotar os setores do PMDB aliados a Serra (como Orestes Quércia em São Paulo e Jarbas Vasconcelos em Pernambuco). Dizem por aí que a condição para Michel Temer ser o vice de Dilma Roussef seria tirar o PMDB do palanque oposicionista. Faz sentido. Como Temer pode ser o nome da "unidade" do PMDB (como se isso fosse possível), se nem o partido em seu próprio Estado ele controla?
Outra movimentação nesta semana que antecede o início das convenções eleitorais é a tentativa de o PSB convencer o ex-ministro Ciro Gomes, que transferiu seu domicílio eleitoral do Ceará para São Paulo, a concorrer a uma vaga de senador.
A aposta é que Marta Suplicy (PT) e Ciro Gomes (PSB) teriam uma eleição razoavelmente fácil diante dos adversários lançados pelo campo oposicionista, Quércia (PMDB) e Aloysio Nunes (PSDB).
É neste vácuo que pode surgir Soninha Francine (PPS) para o Senado, se houver visão e inteligência política da coligação em torno dos tucanos José Serra e Geraldo Alckmin.