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O PPS organizou um ato político nesta segunda-feira para oficializar o apoio do partido ao prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), no segundo turno em São Paulo. Mesmo concordando com a aliança definida na última quinta-feira, a candidata Soninha Francine (PPS) - derrotada no primeiro turno - não compareceu ao evento.
Para Kassab, no entanto, a ausência de Soninha não prejudica o apoio oferecido pelo partido. "Ela deixou seu partido em uma situação muito confortável. Ela disse com muita transparência que num primeiro momento ela preferia que as coisas fossem conduzidas pelo partido e que ela estaria inserida nesse processo e no momento adequado estaria pronta para colaborar com a nossa administração", afirmou o prefeito.
Na reunião do diretório municipal do PPS que definiu o apoio, Soninha disse que sua posição é motivada muito mais por uma postura anti-Marta Suplicy, candidata do PT, do que afinidades com o candidato do DEM.
Na ocasião, afirmou que ficaria fora do palanque kassabista para se resguardar de "algumas associações". Com a presença dos presidentes nacional, estadual e municipal do PPS no ato de apoio, Soninha foi lembrada e citada por diversas vezes e elogiada inclusive por Kassab.
Durante o evento, que ocorreu em um salão de festas no bairro da Liberdade, região central de São Paulo, o prefeito-candidato realizou um ritual que consiste em colocar alface na boca de um leão chinês. De acordo com os organizadores, o ritual traz sorte.
Fazendo as honras da casa no evento de hoje, o presidente nacional da legenda, Roberto Freire (PPS-PE), aproveitou para fazer críticas ao governo federal e ao apoio de ministros na campanha da adversária de Kassab, Marta Suplicy (PT).
"Mandam 11 ministros a São Paulo e esquecem de que o governo precisa discutir uma crise que chega agora", afirmou Freire, em referência ao ato de apoio a Marta ocorrido na semana passada.
Freire também lançou, desde já, o apoio do PPS à candidatura do governador José Serra (PSDB) na disputa presidencial em 2010. "Kassab representa um projeto político bom para São Paulo, mas também bom para o Brasil. Com José Serra presidente em 2010".
Logo em seguida, fez a ressalva de que essa é uma posição pessoal que ainda deverá ser discutida. "O presidente vai defender dentro do PPS a candidatura Serra, mas quem vai decidir isso em momento oportuno é o PPS. Agora, eu posso ter direito a uma preferência desde logo, é só isso", afirmou.