quinta-feira, 9 de outubro de 2008

PPS define apoio a Kassab no segundo turno

O coordenador do Programa de Governo de Kassab, Guilherme Afif Domingos, participa de reunião da direção do PPS e comunica que o prefeito incorporou a série de propostas da campanha de Soninha apresentadas para a próxima gestão

Leia a íntegra do documento do PPS:

O PPS acaba de obter um resultado histórico: 266.978 votos na primeira eleição em que teve uma candidatura própria para a Prefeitura de São Paulo. Mais importante que os números, porém, foi vivenciar a empolgação e o entusiasmo das pessoas com a campanha de Soninha Francine, que respeitou a inteligência dos cidadãos paulistanos, qualificou o debate, resgatou princípios e ideais que pareciam fora de moda na política, construiu um programa de governo verdadeiramente identificado com a cidade e ajudou a reaproximar o PPS de movimentos populares e sociais.

Antes mesmo da campanha, ressaltávamos o nosso entendimento sobre o papel das diversas candidaturas no primeiro turno. Dizíamos que mais importante do que tentar antecipar a polarização natural do segundo turno seria a construção de uma proposta viável para a cidade e a apresentação à sociedade de um programa detalhado para dar continuidade às conquistas da atual gestão, da qual o PPS faz parte, iniciada por José Serra e mantida por Gilberto Kassab. E reconhecendo as boas práticas de outras gestões, experiências positivas de outras metrópoles, sem deixar que a rivalidade partidária se sobrepusesse ao bom senso e ao verdadeiro interesse público.

Pois foi desta forma que apresentamos a candidatura de Soninha: para disputar a Prefeitura de São Paulo discutindo grandes temas, pensando a cidade no curto, médio e longo prazo. Analisando honestamente as possibilidades de solução de seus problemas, sem nenhum constrangimento ou obrigação de falar bem disso ou daquilo e mal deste ou daquele. E sem ter uma candidata que prometia ser a sabe-tudo, resolver tudo, ter todas as boas idéias do mundo, mas assumindo o compromisso de discutir abertamente o que é mais complexo, mais polêmico, tanto com especialistas quanto com aqueles diretamente envolvidos em cada questão -- o arquiteto e o morador do conjunto habitacional; o gestor de saúde e o usuário; o técnico em transporte e o passageiro do ônibus.

Precisamos criar ou fazer funcionar muitos instrumentos de participação e controle, descentralizar a gestão, respeitar as peculiaridades dessa cidade imensa. O nosso objetivo é a qualidade de vida do cidadão paulistano, e temos certeza que a administração deve estar acima de disputas partidárias. O que não exclui uma visão política da administração, mas a política é meio e não fim.

Por outro lado, parecia fundamental aos partidos, em uma eleição de dois turnos, reiterar à sociedade as suas identidades e marcas próprias. As eleições municipais propiciaram, no primeiro turno, este reposicionamento estratégico das legendas. Uma candidatura como a de Soninha Francine, pelo PPS, deu maior visibilidade e conteúdo a este arcabouço de intenções.

Fomos vitoriosos nestas eleições de 2008. Elegemos dois vereadores, o professor Claudio Fonseca e o médico Milton Ferreira, e estamos convictos de ter lançado a melhor candidata à Prefeitura e as propostas mais viáveis para São Paulo. Demos apenas o primeiro passo de uma longa e firme caminhada, com Soninha Francine, para as eleições de 2010 e 2012.

Confirmado o resultado das urnas, a Comissão Executiva do Diretório Municipal do PPS reuniu-se para decidir o apoio do partido à reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM) no segundo turno, retomando a aliança que em 2004 elegeu José Serra para a Prefeitura e derrotou o PT de Marta Suplicy, com seus métodos e práticas deploráveis.

Portanto, o apoio do PPS à candidatura Kassab se dará com base em uma série de propostas formuladas durante a campanha de Soninha e que agora o prefeito se compromete a incorporar ao seu programa de governo e executar na sua próxima gestão, como medidas para o repovoamento do centro, mutirões na área da saúde e da educação, um orçamento mínimo de 2% para cultura e a ampliação da coleta seletiva.

Estamos juntos no segundo turno, porque entendemos que esta é a melhor opção para a cidade, e seremos colaboradores da próxima gestão.

Quem disse que nós não podemos fazer a diferença?