terça-feira, 28 de agosto de 2018

São 18 vereadores paulistanos candidatos em 2018

Dos 55 vereadores paulistanos, 18 são candidatos a outros cargos nestas eleições de 2018. Outros 18, pelo menos, estarão envolvidos diretamente nas campanhas de parentes (irmãos, pais, cônjuges, primos, sobrinhos).

Ou seja, são dois terços dos parlamentares da Câmara Municipal de São Paulo com a mão na massa até 7 de outubro para a eleição de senadores, deputados federais e estaduais, fora os governadores e presidenciáveis dos seus partidos. Veja abaixo quem é quem:

Candidatos ao Senado

Eduardo Suplicy (PT)

Mario Covas Neto (eleito pelo PSDB, hoje no Podemos)

João Jorge (PSDB) - suplente do candidato Ricardo Tripoli (PSDB)

George Hato (MDB) - suplente do candidato Marcelo Barbieri (MDB)


Candidatos a Deputado Federal

Alfredinho (PT)

Caio Miranda (PSB)

David Soares (DEM)

Eliseu Gabriel (PSB)

Juliana Cardoso (PT)

Natalini (PV)

Ricardo Nunes (MDB)

Ricardo Teixeira (PROS)

Sâmia Bonfim (PSOL)


Candidatos a Deputado Estadual

Aurélio Nomura (PSDB)

Conte Lopes (PP)

Patricia Bezerra (PSDB)

Toninho Vespoli (PSOL)

Zé Turin (PHS)


Além destes, há, por exemplo, a candidatura de suplentes de vereadores que assumiram o mandato nesta legislatura, como Isa Penna (PSOL). Ou seja, 100% da bancada do PSOL disputa a eleição  (seus dois vereadores titulares, além da 1ª suplente), abrindo espaço, em caso de vitória, para suplentes como Celso Giannazi (irmão do deputado estadual Carlos Giannazi) e Douglas Belchior, já que o suplente anterior, Dr. Sidney Cruz, trocou o PSOL pelo Solidariedade e também é candidato a deputado federal.

A relação de parentesco entre candidatos é interminável: o casal Ota, ele vereador, ela deputada federal (PSB); a família Tatto (com Arselino vereador, Enio estadual, Nilton federal e Jilmar senador); a família Leite (o pai, vereador Milton, presidente da Câmara e virtual vice-prefeito de São Paulo, e os filhos Alexandre federal e Milton Leite Filho estadual); a família Bezerra (a vereadora Patrícia sai candidata a estadual e o marido, Carlos Bezerra Jr. tenta se reeleger federal).

A família Tripoli, então, é um caso à parte. O sobrenome é uma grife que dispensa os primeiros nomes. Tanto que o mais experiente deles, o ex-vereador e atual deputado estadual Roberto Tripoli (PV) fica de fora da urna nesta eleição. O vereador Reginaldo Tripoli (PV) tem como candidatos o irmão Ricardo Tripoli a senador tucano, outro irmão, Rubens Tripoli (PSDB), a deputado federal, e a jovem sobrinha Giovanna Tripoli (PSDB) a estadual.

Mas tem muito mais histórias nestas grandes famílias. Para federal, o vereador Rodrigo Goulart (PSD) apóia a reeleição do pai, Antonio Goulart; a vereadora Sandra Tadeu, do marido Jorge Tadeu (DEM); já o vereador Eduardo Tuma (PSDB) tem o primo Romeu Tuma Jr. (PRB) candidato.

Para estadual, George Hato apóia a reeleição do pai, Jooji Hato (PMDB); Gilson Barreto (PSDB), a primeira eleição do filho Gilson Barreto Jr. (PSDB); Outra tucana, Adriana Ramalho está na campanha pai, Ramalho da Construção (PSDB); Rute Costa da irmã, Marta Costa (PSD); Tem também Senival Moura (PT) com o irmão Luiz Moura (PDT) candidato, e Edir Sales (PSD) com o sobrinho Ulisses Sales (PHS).

Existe ainda o vínculo por afinidade: o vereador Fernando Holiday (DEM) apóia seus parceiros de MBL, Kim Kataguiri federal e Arthur Mamãe Falei estadual. Isac Félix (PR) apóia a reeleição do seu antigo chefe e padrinho político, Antonio Carlos Rodrigues, presidente da Câmara Municipal por quatro vezes consecutivas. Ufa!

Enfim, com essas 18 chances de dança das cadeiras na Câmara de São Paulo, os eventuais suplentes ficam todos alvoroçados. Quem pode vir por aí? Na fila tem uns poucos novatos e vários ex-vereadores, como Abou Anni (PV), Paulo Fiorilo (PT), Nabil Bonduki (PT), Manoel Del Rio (PT), Beto do Social (PSDB), Adolfo Quintas (PSDB), Nelo Rodolfo (PMDB), Edson Aparecido (PSDB), Jonas Camisa Nova (DEM) e Rodrigo Gomes (PHS), entre outros.