quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Eleições 2018: De volta à saga dos candidatos a vice

Falamos ontem sobre a importância da escolha dos vices nas chapas majoritárias, sobretudo pelo histórico recente (desde a redemocratização, Sarney, Itamar e Temer na Presidência; outros tantos nos governos dos estados e nas prefeituras, como acontece agora em São Paulo, com Marcio França e Bruno Covas, dois vices que assumiram definitivamente a função).

Então vamos conhecer quem são os candidatos e candidatas a vice na disputa pelo Governo do Estado de São Paulo. Todos os nomes você encontra no Portal do TSE.

São 12 candidatos a governador com seus respectivos vices, sendo que (egos e partidarismos à parte) sabemos que apenas quatro tem alguma chance de chegar a um eventual segundo: Marcio França (PSB), João Doria (PSDB), Paulo Skaf (MDB) e Luiz Marinho (PT). Um destes será o governador paulista pelos próximos quatro anos. E quem serão seus vices? Já parou para se informar? Será que você confiaria o Governo do Estado a qualquer uma dessas pessoas que você ajuda a eleger?

A vice de Marcio França (PSB) é a Coronel Eliane Nikoluk, 48 anos, policial militar filiada ao PR. Também policial militar é a vice de Paulo Skaf, ambos filiados ao MDB, a Tenente-Coronel Carla Niglia. Duas mulheres com o mesmíssimo perfil. Do candidato Luiz Marinho (PT), a vice é a professora de Psicologia da PUC-SP, Ana Bock, 66 anos. E de João Doria (PSDB), o vice é o único político experimentado como deputado estadual, federal e secretário de Estado, aos 44 anos, o advogado Rodrigo Garcia (DEM).

Essa escolha dos vices parece mais uma peça de marketing do que uma escolha política refletida, consciente e responsável. Ou não? Um sinal de cada chapa majoritária para o eleitor: dois candidatos que se preocupam com segurança, um terceiro com educação. Outro, que se diz mais gestor do que político, tem o político tradicional na vice. Como propaganda, tudo certo. Mas, e na eventualidade dessas pessoas assumirem o Governo? Preocupante.