quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

O PSDB partido vai tomar partido de quem na eleição do próximo presidente da Câmara de São Paulo?

Vem aí uma semana beeeem quente dentro do ninho tucano para definir os rumos do PSDB e a sua composição com a base governista do futuro prefeito João Doria na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de São Paulo: o partido que está cada vez mais partido vai tomar partido de quem, afinal?

Com duas reuniões agendadas, da Executiva e do Diretório Municipal, o partido vai ter que optar entre confirmar o apoio ao vereador Milton Leite (DEM) ou enquadrar a bancada e seguir a tese do seu presidente municipal, o também vereador Mario Covas Neto (hoje voz isolada), que defende que o presidente da Casa deve necessariamente ser um nome do maior partido na futura legislatura: o PSDB, com seus 11 eleitos.

A crise ronda o PSDB paulistano e repete o racha que vem desde o nacional, já antecipando a eleição presidencial de 2018. Mas, afinal, vamos falar de 2017 e nos restringir à Câmara de São Paulo. O que poderá vir por aí?

Eis os cenários possíveis:

1) O PSDB pode desautorizar a bancada e fechar questão em uma candidatura própria para a Mesa Diretora da Câmara, como quer seu presidente, Mario Covas Neto. Como vão reagir os outros vereadores, dentro e fora do PSDB? Tucanos vão aceitar calados a ordem imposta? Os aliados vão abandonar Milton Leite?

2) O PSDB pode endossar o desejo da maioria da bancada e apoiar a candidatura do aliado Milton Leite. Aí quem fica em saia justa é Mario Covas Neto, presidente municipal isolado e derrotado na tese de defesa do partido.

3) Começam a surgir propostas para uma saída honrosa de todos: o PSDB seguiria no apoio a Milton Leite, enquanto Mario Covas Neto seria "promovido" a líder do governo Doria ou até mesmo a secretário estadual dos Transportes no governo Alckmin, além de futuro coordenador da campanha presidencial do governador em 2018.

4) Há ainda outra possibilidade, ouvindo a voz das redes e das ruas: na atual montagem de uma chapa de consenso para a Mesa Diretora, a presidência fica com Milton Leite, a vice-presidência com um vereador do PSDB e a 1ª secretaria, o segundo cargo em importância na Casa, ficaria com um vereador do PT. Aí que está! Começa a ganhar corpo a movimentação para o deslocamento do PSDB para a 1ª secretaria e o PT para a vice, ou até mesmo para fora da Mesa, numa solução mais radical de #ForaPT e apaziguamento tucano. E por que não?

Esta e outras notícias sobre o dia-a-dia da Câmara Municipal de São Paulo estão detalhadas no Câmara Man: os vereadores paulistanos na sua timeline.