quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O petismo é alguma coisa para ser estudada...

Vale republicar essa nota interessantíssima do blog Câmara Man, que promete colocar os vereadores de São Paulo na nossa timeline com bastidores e notícias do dia-a-dia:

Aos amigos do PT, tudo; aos inimigos, a lei!

Com todo o respeito aos amigos petistas, mas o petismo é verdadeiramente algo a ser estudado. Veja que no mesmo dia em que o ex-ministro e ex-governador Jaques Wagner confirma acusação de ter ganhado de presente um singelo relógio da Odebrecht no valor de US$ 20 mil, mas alega em sua inocência que "guardou e nunca usou" (kkkkkkkk), outros dois fatos inusitados em São Paulo despertam a nossa atenção para os sobreviventes do PT:

1) Repressão da PM contra depredação do patrimônio público e privado é "terrorismo"; enquanto essa mesma ação de vandalizar prédios públicos e privados, como a sede da Fiesp, com pedras, paus e bombas, na justificativa de líderes de movimentos sociais vinculados ao PT, é um "ato legítimo de indignação popular". Os caras simplesmente fazem incitação ao crime! Alô, Polícia! Alô, Ministério Público!

2) Mas o caso que inspira essa nota é outro e envolve diretamente a Câmara Municipal de São Paulo. Trata-se de uma postagem no facebook envolvendo um funcionário e eleitor do vereador petista Nabil Bonduki, identificado como Leandro Ferreira, com outro vereador recém-eleito, Camilo Cristófaro (PSB). É realmente o cúmulo da insensatez.

Vamos ao post original:
Eu costumo vir trabalhar na Câmara Municipal de bicicleta. Por causa disso já tive vários problemas com a administração do prédio e da GCM. Com boas brigas, mudamos o bicicletário de lugar e o procedimento de entrada com bike foi facilitado. 
Já o vereador eleito Camilo Cristófaro, que fez sua campanha criticando o Haddad por ações como a queda de velocidade e a implantação de ciclovias, pelo visto, resolveu que virá trabalhar com sua Mercedes AMG V8 Biturbo placa FXX XXXX. Não só isso: decidiu que pode parar na porta dos elevadores, exatamente em cima do maior símbolo de proibido parar e estacionar que eu já vi na vida. 
Consultei a GCM e eles disseram que o vereador disse que estava com pressa.
Entrem no perfil dele. Vejam as fotos das manifestações, em defesa do Sérgio Moro, contra a corrupção. Em algum lugar das 10 medidas estava escrito que se pode estacionar R$500.000,00 em local proibido e eu não vi?

Até aí, tudo OK. A indignação parecia bastante procedente. A foto postada fala por si. Veja:


Mas eis que o próprio funcionário parece ter mudado de ideia e deixado a indignação de lado. Bastou o vereador Camilo Cristófaro se declarar oposição ao futuro prefeito João Doria e aliado do petismo para receber salvo-conduto para aquele ato tão condenável de poucas horas antes e que havia despertado tanta revolta.

É ou não é um caso a ser estudado?

Veja o complemento do post, feito horas depois:
[ADICIONADO ÀS 21H22] 
Pessoal, pra quem viu hoje o meu post sobre o carro do vereador eleito Camilo Cristófaro, tenho uma mensagem: 
Ele me procurou agora a noite para falar do assunto. Um tanto chateado pela dor de cabeça dos comentários no Facebook, mas de forma muito educada e respeitosa. Segundo ele, a GCM autorizou a permanência de seu automóvel ali no local, o que podemos verificar. Contou que tem muito apreço pelo PT e por nossos governos. Disse que é contrário ao impeachment da Dilma e esteve nas manifestações contra a corrupção porque acredita nessa pauta e que ela deva abranger a todos os partidos, incluindo o PSDB e o PMDB.
Disse que não estará na base de sustentação do João Dória e que pretende ser crítico de ações de subprefeituras e de trânsito tal qual foi do Haddad, de quem ele tem divergências neste assunto, mas concordância em outros.
Eu propus que pudéssemos conversar pessoalmente amanhã. Ele disse que irá outra vez à Câmara para me conhecer e saber, inclusive, dos problemas de ciclistas na Casa. Fiquei surpreso pela disposição dele de ouvir e de apresentar suas posições. Acho que o encontro de amanhã, se acontecer mesmo, pode ser uma boa oportunidade, tanto de tratar das contradições do tema de corrupção, quanto de apresentar entendimentos sobre o trânsito organizado a partir de preceitos de uma mobilidade ativa (pessoal dessa militância, preciso de ajuda, também!). 
Farei outro relato amanhã a respeito desse encontro. Espero que seja proveitoso. Não considero que eu tenha razão de negar diálogo sobre política em qualquer esfera com qualquer pessoa.
Ou seja, para o petismo vale a máxima "amigo do meu amigo, meu amigo é; amigo do meu inimigo é meu inimigo; e inimigo do meu inimigo é meu amigo".  Triste fim.