Deixando claro, desde o início: somos favoráveis ao diálogo e contra o fechamento de escolas. Consideramos, portanto, absolutamente necessário discutir com alunos, pais e professores qualquer plano de mudança que interfira no dia-a-dia das famílias, principalmente quando envolve o ensino, que deveria ser prioridade absoluta de uma suposta "Pátria Educadora".
Também nos parece impróprio mandar policiais militares com seus sprays de pimenta, bombas de efeito moral e a típica truculência dos quartéis para pátios e portões escolares enfrentar um bando de adolescentes inofensivos. Sem rodeios e às favas as boas maneiras, desculpe a pobreza da linguagem, mas é pedir para dar merda!
Porém, feitas todas essas ressalvas, voltemos à realidade. Tirando meia dúzia de jovens bois de piranha, bem intencionados, o movimento é orquestrado e manipulado por profissionais da política. Siglas nanicas de esquerda, Apeoesp, MTST, UNE, UBES deixam seus vestígios nas ocupações. Além das digitais petistas, maiores e sempre facilmente identificáveis pelo modus operandi.
Ver faixas e camisetas do MTST dentro das escolas é tão agressivo e impactante quanto ver um PM fardado. São coisas que não combinam. Será que os jovens estudantes se sentem representados por Guilherme Boulos, o coxinha que se disfarça de sem-teto, ou pela professora Maria Izabel Azevedo Noronha, a eterna presidente (militante petista) do Sindicato dos Professores do Estado? Ou pelas entidades caça-níqueis que trocaram o ramo da Educação pela indústria das carteirinhas?
Aí o resultado acaba sendo contraditório, hilário e sem sentido: a gente ocupa as escolas agora e impede o seu funcionamento desde já, paralisando aulas e criando todo um transtorno, porque existe a possibilidade delas deixarem de funcionar no próximo ano e precisamos mostrar que somos contra a paralisação de aulas e o eventual transtorno. Entendeu?