Vai ao ar hoje, quinta-feira (30), em cadeia de rádio (20h) e TV (20h30), a propaganda política do PPS, que critica as medidas do governo Lula para enfrentar a crise econômica mundial e protesta contra corrupção, que tomou o lugar da esperança do eleitor.
"Nunca antes na história deste país houve tantos escândalos; nunca antes na história deste país houve tanta corrupção", assevera o locutor, usando a expressão preferida de Lula, enquanto imagens de jornais e revistas com manchetes e fotos de personagens de casos como o mensalão desfilam na tela.
Nas ruas, o povo reclama do desemprego. Diz que atendeu ao chamado do governo para consumir e agora, sem salário, não consegue pagar as prestações. No quadro "Na boca do povo", as pessoas protestam contra o fato de o governo emprestar dinheiro ao FMI (Fundo Monetário Internacional), enquanto aqui faltam empregos. "O pobre vende o almoço para comprar a janta", diz um dos entrevista. Outro reclama que os projetos não saem nunca do papel.
"A estrela da esperança se apagou e um mar de lama e corrupção levou consigo políticos de vários partidos", diz um senhor na rua. "Agora, esses mesmos colaboradores (afastados no tempo do mensalão) querem dar continuidade ao governo do PT; mas não vamos permitir porque temos memória", promete.
No programa, o PPS também critica a intenção do governo de diminuir a remuneração da caderneta de poupança, assunto que ganhou grande destaque na mídia devido às inserções do partido já divulgadas na TV.
Tem destaque ainda no programa as propostas da bancada do PPS na Câmara dos Deputados para combater os efeitos da crise econômica no país.
Vozes do PPS
O presidente do PPS, Roberto Freire, diz que a política deve voltar ao centro das decisões, porque não foi ela quem levou o mundo à crise e por meio dela é possível debelá-la. Convoca os brasileiros a participarem da política e a renovarem seus quadros, depois de tanta desmoralização. Salienta que não basta otimismo para solucionar os problemas, como propala o presidente Lula, ao mesmo tempo em que prejudica a sociedade.
"O preço do barril de petróleo baixou, mas o governo não reduziu o preço da gasolina; a Selic (taxa básica de juros) caiu, mas os juros dos bancos, não", afirma. Sem mudança não há esperança, completa, ao falar do Bloco Democrático e Reformista, formado por PPS, PSDB e DEM, e que apresentará um candidato de oposição a Presidência da República.
A ex-vereadora Soninha Francine, candidata do PPS a prefeita de São Paulo, conta que tinha perdido o encanto com a política e não queria saber mais de militância partidária. "Agora, tô em casa", diz, referindo-se ao PPS, "que não se conforma em deixar as coisas como estão" e luta por mudanças.
O ator e vereador Stephan Nercessian, do Rio, convida todos a conhecer as propostas do partido e as atividades de seus deputados federais no site. Rubens Bueno, secretário-geral, divulga o XVI Congresso, que será realizado em agosto, no Rio de Janeiro.