quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Carnaval da Bahia no #ProgramaDiferente: 40 anos do Olodum, 45 do Ilê Aiyê e 70 dos Filhos de Gandhy



#ProgramaDiferente abre o Carnaval trazendo um pouquinho dessa história cultural rica e misturada do Olodum, do Ilê Aiyê e do Afoxé Filhos de Gandhy. A cara e a alma do Brasil negro, sem preconceito, sem racismo e com muita música e alegria. Ajayô e muito axé! Assista.

Em 18 de fevereiro de 1949, os estivadores do Porto de Salvador fundavam aquele que se tornaria o maior e mais belo afoxé do carnaval brasileiro, o bloco Filhos de Gandhy, constituído exclusivamente por homens e inspirado nos princípios da não violência e da paz do ativista indiano Mahatma Gandhi, assassinado um ano antes.

Lençóis e toalhas brancas foram as primeiras fantasias, que simbolizavam as vestes indianas no desfile marcado também pela tradição das religiões africanas, ritmado pelo agogô nos seus cânticos ijexá na língua iorubá. Hoje seus 10 mil integrantes seguem desfilando com o turbante típico e colares azuis e brancos que são oferecidos ao público, além do toque do perfume de alfazema.

O Ilê Aiyê, ou simplesmente Ilê da Bahia, "o mais belo dos belos", é o mais antigo bloco afro de Salvador. Fundado em 1º de novembro de 1974 por moradores do bairro Curuzu, constitui hoje um grupo cultural que promove a negritude e a expansão da cultura de origem africana no Brasil. A expressão no dialeto africano que lhe dá o nome significa "o mundo" ou "a terra da vida".

Já o bloco afro Olodum - famoso no mundo inteiro por conta de Michael Jackson - foi fundado em 25 de abril de 1979, como opção de lazer aos moradores do Pelourinho, no centro histórico de Salvador, e se transformou em uma das maiores e mais respeitadas organizações não-governamentais do movimento negro, combatendo também a discriminação racial e promovendo a integração social e a defesa dos direitos humanos e civis. Dá-lhe, Brasil!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

É hora de tirar a bunda da cadeira, levantar do berço esplêndido e fazer a diferença na política

Nem dois meses e já são evidentes os estragos desse governo do meme que virou presidente. Um despreparado, cercado de filhos patetas e um time de ministros medíocres, com um trio especialmente imbecil (precisa dar nomes?). Todos deslumbrados pelo poder, insuperáveis no fornecimento de doses diárias de vergonha alheia.

Eu não votei no Bolsonaro, graças a Deus (Brasil acima de tudo, Deus acima de todos), nem votei no PT, mas isso não me exime das responsabilidades de cidadão nem me torna um "isentão". Não sou eleitor petista nem bolsonarista, não acredito que o Lula é injustiçado, não acho que o impeachment foi golpe mas também não via capacidade (nem legitimidade) na presidência interina do Temer (que devia ter caído junto com a Dilma).

Quer dizer, está difícil me encaixar em algum lado dessa polarização. Na verdade, eu diria mesmo que é impossível, até porque nenhum deles me representa. Assim se descobre na prática que criticar os gurus do petismo e/ou do bolsonarismo é comprar briga com verdadeiras milícias partidárias e ideológicas nas redes sociais. Ao menos se você escolhe um dos lados, você tem essa trincheira para se defender da artilharia inimiga. É declaradamente de esquerda ou de direita, demarca seu território (como o cachorro que faz xixi no poste), paga um preço por isso e ponto final.

Agora, desafiar o senso comum, não escolher seu malvado favorito e ser leal apenas à sua própria consciência é um problemão. Você passa a ser achincalhado pela direita chucra como comunista, esquerdalha e saudoso da mortadela do PT. Na mão inversa, a esquerda fanática te chama de golpista, bolsominion e faz outros ataques do tipo, que nivelam por baixo os dois lados - até porque são limitados e não entendem (ou não aceitam) que você pode ser crítico de ambos. Aliás, cujo modus operandi é idêntico.

Então há esse vácuo político entre os dois extremos que digladiam e se acusam diariamente. Um vazio partidário entre essas torcidas uniformizadas de um lado e de outro que precisa ser ocupado por gente íntegra, sensata, preparada, disposta e bem intencionada. Que seja uma alternativa viável aos padrões e visões mais tradicionais e às posturas ideologizadas que não convencem mais ninguém além dos próprios convertidos.

É esse papel que cobramos de indivíduos conscientes, sejam cidadãos anônimos ou personalidades reconhecidas, ativistas autorais, influenciadores digitais, formadores de opinião. É esse chamamento que se faz à sociedade organizada, aos movimentos cívicos, aos partidos não atrelados automaticamente à base governista, adesista, fisiológica, nem à oposição sistemática que aposta no "quanto pior, melhor".

Cidadania plena, liberdade, democracia, humanismo, sustentabilidade. A defesa intransigente do estado democrático de direito. O respeito à diversidade. Princípios que esse presidente tuiteiro e a sua geração de youtubers e blogueirinhos lacradores não dão conta de atender simplesmente com memes, selfies, lives, posts e stories que infestam o espaço virtual.

Falta uma ação mais concreta, presencial, objetiva, real. Fazer a diferença no dia a dia. Cortar o cordão umbilical de uma nova geração que vai sacudir essa velha política. Tirar a bunda da cadeira, levantar do berço esplêndido, dar a cara a tapa e mostrar que não somos iguais a esses babacas. Quem se habilita?

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

40 anos de Abertura no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente celebra os 40 anos do Programa Abertura, da extinta TV Tupi, ação emblemática e pioneira da época na televisão brasileira contra a censura e a ditadura. Discutia a abertura política no início do governo Figueiredo, o último presidente do regime militar, no exato momento em que esse processo ganhava espaço e dava os primeiros sinais do renascimento da democracia.

Ligado ao pensamento de esquerda, discutiu questões fundamentais como anistia, pluripartidarismo e eleições diretas. E fez escola. Passadas quatro décadas, e depois de o brasileiro eleger democraticamente seus presidentes em oito eleições consecutivas, seguimos modestamente a mesma linhagem. Assista.


Leia mais:

Você já conhece o #ProgramaDiferente? Acompanhe a nossa 5ª temporada!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Trump e Bolsonaro, socorro! Chamem a ministra Damares para exorcizar os Oscars, pelo amor de Deus! Minha TV foi invadida por gays, militantes negros e até galã herói de rosa! O mundo está perdido!

Esses comunistas que controlam a indústria cinematográfica em Hollywood passaram dos limites! Militantes negros, estrelas gays, mulheres feministas, latinos com discursos anti-Trump (contra o muro que vai proteger os Estados Unidos daqueles mexicanos desqualificados) e até apresentador homem vestindo rosa (Jason Momoa, o intérprete do herói Aquaman) invadiram as TVs das nossas casas para destruir a família tradicional e fazer uma lavagem cerebral nas nossas crianças.

Não podemos aceitar isso tudo calados! Onde estão os movimentos nas redes e nas ruas para se unirem contra essa esquerdalha norte-americana e esses artistas subversivos (que devem viver às custas da Lei Rouanet mundial)? Chamem a ministra Damares para exorcizar os Oscars! O tal galã de rosa ousou dizer que os tempos estão mudando e ele veste a roupa da cor que ele quiser! Canalha! E a tal da Lady Gaga, essa mulher do mal que transforma nossos meninos heteros em aberrações trans?

Teve prêmio para aquele filme do Freddie Mercury e da banda Queen, uma afronta à família real britânica! Querem destruir a tradição e os bons costumes! Teve diretor mexicano (Alfonso Cuarón) e roteirista negro (o também diretor Spike Lee) premiados só para desafiar a direita e os cidadãos de bem! Premiaram filme em que a atriz principal é uma empregada doméstica, outro que homem branco vira motorista de um negro e inventaram até super-herói preto para nossos filhos pensarem que essa gente pode ter os mesmos direitos que nós! Um absurdo!

Enfim, deve ter dado um tilt na cabeça oca do direitista chucro padrão. O mundo está mudando. Quem sabe se um dia essas ironias preconceituosas acima deixem de retratar o pensamento de parte da nossa sociedade doente e sejam apenas obra de ficção? Tomara!

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Uma historinha infantil para qualquer um começar a entender o Brasil: Presidente Pateta e seus três Patetinhas no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente inova mais uma vez e apresenta agora uma produção exclusiva para a garotada entender o Brasil de hoje, com uma linguagem bem simples e lúdica, indicada para públicos de todas as idades. É a historinha infantil "Presidente Pateta e seus três Patetinhas". Assista.

Leia aqui a íntegra deste episódio de estreia:

Era uma vez um Pateta e seus três filhos Patetinhas: 01 Flavinho, 02 Carlucho e o 03 Dudu.

A família Pateta é bem grande, mas esses são os personagens da nossa historinha de hoje.

Aliás, uma historinha que é a cara do Brasil.

Mas nós vamos contar de um jeito bem simples. Como sempre foram simples os hábitos do nosso Pateta.

Só que o que muita gente não sabia, é que por trás do Pateta que parecia um Pateta como qualquer um de nós, havia escondido um Super Pateta, um Pateta mito. Caçador de bandidos e corruptos.

Então, Pateta teve uma grande ideia. Resolveu ser candidato a Presidente do Brasil.

E a família Pateta, desejando vôos mais altos e deslumbrada com o poder, cresceu e comprou um partido para chamar de seu. 

O Partido dos Laranjinhas, onde tudo é laranja.

E assim Pateta ganhou a confiança de muita gente, prometendo acabar com os Irmãos Metralha da política. E também quando prometeu dar segurança para todo mundo.

Um episódio inesperado na caminhada do Pateta, porém, fez com que essa historinha mudasse completamente o final previsto.

E depois do susto e da recuperação, Pateta foi eleito Presidente!

Nem ele acreditava que isso fosse possível!

Mas também não imaginava que os três Patetinhas iam lhe causar tantos problemas.

E a amizade estranha dos Patetinhas com gente esquisita foi uma verdadeira bola nas costas do Presidente Pateta.

Agora, muita gente que desejava um Pateta no poder, começa a se questionar: Mas será que precisávamos de um Pateta tão Pateta? Será que não exageramos na dose?

E o Pateta que todo mundo achou que pudesse ser diferente dos outros e levar o Brasil a um final feliz, está cada vez mais parecido com os personagens que já existiam nas velhas historinhas.

Aliás, não confunda o Pateta com o Pluto. Apesar de todos parecerem cachorros e filhos da Pluta, só o Pateta tem seus Patetinhas.

Já tem até gente pensando em quem vai ser o próximo personagem no lugar do Pateta.

E você, aposta no fim dessa história? 

Então compartilhe esse vídeo.

E vamos descobrir como tuuuudo isso vai acabar.

Como já disse o escritor Fernando Sabino:

"No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim."

Conheça e assista aqui também os episódios da série "É verdade esse bilete. Assinado: Damares".

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

#ProgramaDiferente: É melhor Jair pulando o Carnaval no País do Laranjal, tá ok? #Sextou #Bolsonaro



Como diz a galera na expectativa do fim-de-semana: #Sextou! Então, no melhor espírito da zoeira desta sexta-feira, já na contagem regressiva para a folia, é melhor Jair pulando o Carnaval no País do Laranjal.

#ProgramaDiferente apresenta dez minutos de marchinhas em homenagem aos novos inquilinos do poder neste 1º Carnaval da "nova era" bolsonarista. Olha o presidente e a família Bolsonaro aí, gente! Salve-se quem puder, tá ok? Assista.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Câmara de São Paulo elege presidentes e vices das comissões; Soninha Francine será vice em Finanças e Claudio Fonseca segue em Constituição e Justiça

Estão eleitos os presidentes e vices das duas comissões permanentes que são consideradas as mais importantes para o funcionamento rotineiro da Câmara Municipal de São Paulo no ano legislativo de 2019. 

Os dois vereadores do PPS estão nessas duas comissões: Soninha Francine foi eleita vice-presidente da Comissão de Finanças e Orçamento; e Claudio Fonseca permanece na Comissão de Constituição e Justiça.

PT e PSDB, os dois maiores partidos na Casa, seguem no comando. Justiça terá Aurélio Nomura (PSDB) como presidente e Celso Jatene (PR), vice. Finanças terá Alessandro Guedes (PT) como presidente e, como já foi dito, a vice será Soninha Francine (PPS).

Veja quem são todos os vereadores que compõem essas duas comissões (lembrando que as demais também estão se reunindo hoje, na sequência, para a eleição de seus presidentes e vices):

Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa

Aurélio Nomura (PSDB)
Reis (PT)
Celso Jatene (PR)
Rute Costa (PSD)
Rinaldi Digilio (PRB)
Sandra Tadeu (DEM)
Caio Miranda Carneiro (PSB)
Claudio Fonseca (PPS)
Ricardo Nunes (MDB)

Comissão de Finanças e Orçamento

Adriana Ramalho (PSDB)
Alessandro Guedes (PT)
Isac Felix (PR)
Rodrigo Goulart (PSD)
Atílio Francisco (PRB)
Fernando Holiday (DEM)
Ota (PSB)
Soninha (PPS)
Paulo Frange (PTB)

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Se você faz parte da bolha bolsonarista ou da bolha petista, não leia esse texto. Você vai odiá-lo!

Não se trata de ser de direita ou de esquerda. Trata-se de você ser humano ou uma ameba. É natural agir com a razão ou com a emoção, ora uma, ora outra. Mas ao menos faça bom uso do cérebro. Está aí na sua cabeça e é de mais fácil alcance que qualquer aplicativo digital. Eu me obrigo a fazer essa reflexão diante de diversos acontecimentos dos últimos dias e a repercussão extremada que cada um tem nas redes sociais.

Da morte brutal do rapaz sufocado por um segurança desqualificado do supermercado Extra à tentativa de feminicídio e espancamento sofrido pela mulher que recebeu um psicopata em seu apartamento após conhecê-lo pela internet. Da campanha difamatória contra o ator e agora diretor Wagner Moura pelo filme que ainda nem lançou sobre o guerrilheiro Marighella à verdadeira caça aos comunistas imaginários promovida por essa nova direita reacionária emergente, empoderada e armada de tablets e smartphones. Tudo é ideologizado.

O mundo está doente. Vivemos talvez a mais absoluta idiotização política, social, cultural e comportamental da nossa história. Estamos retrocedendo a passos largos ao obscurantismo e à barbárie, com o agravante que a globalização e o avanço tecnológico em curso multiplicam essa estupidez e ignorância, consolidadas por exemplo pela ascensão de figuras emblemáticas como Donald Trump e Jair Bolsonaro, expressões mais caricatas (e até por isso também potencialmente perigosas) do poder dessa camarilha polarizada.

Ao agir como dublê de presidente e achar que vai governar o Brasil pelo twitter, ladeado pela renca de filhos que confundem chefia de estado e de governo com a gestão daqueles antigos conglomerados familiares empresariais, Bolsonaro legitima essa escrotidão que se comporta como manada e só tem coragem de se manifestar escondida no anonimato das plataformas virtuais. Tudo é politizado, partidarizado e vira munição na opinião distorcida dessa maioria medíocre.

É incrível como são semelhantes todos os habitantes da bolha bolsonarista que reúne fanáticos, lunáticos, haters, preconceituosos, intolerantes e extremistas patológicos. Mas reconheçamos também que tal bolha à direita surgiu exatamente como reação ao comportamento idêntico manifestado anteriormente pela cegueira esquerdista que tentou construir a sistemática narrativa de vitimização por perseguições partidárias e golpes político-jurídicos improváveis, enquanto na verdade a própria esquerda traía a esperança transformadora que nela se depositava.

Traduzindo melhor: tanto a direita quanto a esquerda se igualam na boçalidade extremista. O que falta na política brasileira é viabilizar um movimento progressista sustentável que reequilibre a sociedade com bom senso, equidade e justiça, que nos afaste da polarização burra e do ódio persecutório, que ilumine o caminho da cidadania consciente e atuante para mostrar como estão equivocados esses que repelem o diálogo, impedem o contraditório e apostam na radicalização das divergências para destruir o oponente.

Dizendo com todas as letras: petistas e bolsonaristas fazem parte da mesma escória política, com sinais trocados. O modus operandi é idêntico. A reação às descobertas da sua podridão partidária, intestinal, é a mesma: negar as evidências, fingir que não sabiam de nada, esvaziar a importância da acusação, desqualificar o denunciante. Compare como ambos reagem quando são revelados escândalos do PT ou do PSL, crimes dos governos passados de Lula e Dilma ou do neófito no poder executivo, Jair Bolsonaro, e seu séquito de destrambelhados.

Eles cairão por si mesmos, mas é importante que estejamos preparados para o próximo passo, para o dia seguinte ao estouro dessas bolhas em que vivem petistas e bolsonaristas, que por enquanto ainda turvam a visão da maioria bem intencionada da população, carregada a reboque de sucessivos enganos e de promessas delirantes. Afinal, o que resultará depois do fracasso do petismo e do bolsonarismo? Não podemos ter a democracia outra vez em risco.

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

Damares ataca FHC e cartilhas escolares que supostamente ensinam as crianças a usarem drogas



Em mais um episódio da série "É verdade esse bilete. Assinado: Damares", dessa vez mostramos a cruzada da ministra Damares Alves contra a descriminalização das drogas. Mas não basta ser contra, tem que ser contra no estilo "Doidamares", como bem definiu o jornalista José Simão. Os argumentos aparentemente racionais do início da fala logo dão lugar ao discurso apocalíptico da pastora. Assista.

Veja outros episódios da série exibida pelo #ProgramaDiferente:

1 - Damares contra a ditadura gay

2 - Damares acusa educadores de ensinarem masturbação às crianças

3 - Damares contra a destruição da família brasileira

4 - Damares contra a descriminalização das drogas

5 - Damares em cruzada contra o aborto

6 - Damares contra a Escola do Sexo (Parte 1)

7 - Damares contra a Escola do Sexo (Parte 2)

8 - Damares contra a Escola sem Homofobia

9 - Damares denuncia plano de legalização da pedofilia

10 - Damares denuncia turismo de pedófilos no Carnaval

11 - Damares contra a prostituição

12 - Damares contra a eutanásia

#ProgramaDiferente: Cinema brasileiro, 50 anos atrás



Na semana da cerimônia de entrega do Oscar, o #ProgramaDiferente volta 50 anos no tempo e lembra de dois filmes brasileiros emblemáticos que fizeram sucesso mundial meio século atrás, em 1969: Macunaima, de Joaquim Pedro de Andrade, baseado no anti-herói da obra de Mario de Andrade, e O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro, nestes 80 anos do nascimento do diretor Glauber Rocha. Assista.

Aproveite ainda para rever aqui um programa que exibimos há dois anos mas que segue atualíssimo: da abertura, com uma colagem de cenas impactantes dos olhares de atores e atrizes de Hollywood ao encerramento que marcava tristemente o aniversário de um ano do rompimento da barragem do Fundão, no Rio Doce, em Mariana (MG) - e que se repetiria de forma ainda mais trágica neste início de 2019 em Brumadinho.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Contra a intolerância religiosa no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente fala das liberdades de religião, de expressão e de pensamento. Há exatos 30 anos, em 1989, no Irã, o líder Aiatolá Khomeini oferecia uma recompensa de 3 milhões de dólares a quem assassinasse o escritor angloindiano Salman Rushdie, por entender que seu trabalho "Versos Satânicos" ofendia o islamismo.

No Brasil, a Constituição garante o Estado laico, a inviolabilidade de consciência e de crença, e a livre manifestação da fé. Mas a verdade é que ainda existe muita perseguição religiosa. Morre gente pelo ódio, pelo preconceito e pela intolerância contra religiões.

Por isso também lembramos do papel fundamental de Jorge Amado pela liberdade de culto religioso, que muita gente desconhece, nestes 18 anos da morte do escritor baiano. Assista.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

O PSL e a Grande Família: tutti buona gente!

A mediocridade deste governo é gritante. Se não bastasse a leva de oportunistas e incompetentes eleitos na onda do bolsonarismo (leia-se: o antipetismo da vez) e uma tropa de ministros fanáticos e limitados, o presidente Jair Bolsonaro ainda é influenciado de um lado por seus filhos (01, 02 e 03 - como gosta de nominar sua produção em série para a política) e do outro lado pelo fantasioso PSL, o partido que ele alugou para ser eleito, e que agora se mostra um verdadeiro laranjal, ou jocosamente chamado de Partido do Suco de Laranja.

O mais recente dos escândalos é a fritura pública (pelo twitter, no melhor padrão bolsonarista) do ministro Gustavo Bebianno, espécie de faz-tudo de Bolsonaro-pai mas antigo desafeto da prole por desavenças partidárias e eleitorais. Agora um dos filhos (que nunca se sabe qual é, mas também não faz muita diferença, como acontece quando as crianças confundem Patati & Patatá) resolveu escancarar a crise interna, chamando Bebianno de mentiroso. O presidente endossou.

Não é a primeira lavagem de roupa suja em público. Aconteceu com Joice Hasselmann, com Janaína Paschoal, com Alexandre Frota, com Major Olímpio, com Major Vitor Hugo, com Luciano Bivar, com Charles Evangelista... toda a fina flor deste que se tornou o maior partido do País no Congresso Nacional e em diversas Assembleias estaduais, como a paulista. Brasil acima de tudo, PSL acima de todos. Alguém viu o Moro por aí? Socorro!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

PPS planeja políticas para a criança e o adolescente

Em ano de eleição para o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e para os Conselhos Tutelares, parte da Executiva do PPS de São Paulo se reuniu nesta terça-feira, 12 de fevereiro, para planejar uma atuação mais consistente e aprofundada sobre o tema, com debates, elaboração de políticas públicas e outras contribuições de forma sistemática e organizada para a cidade.

O encontro, no gabinete da vereadora Soninha Francine (PPS), que também integra a Comissão Extraordinária da Criança e do Adolescente na Câmara Municipal, reuniu o presidente do diretório paulistano, Carlos Fernandes; o vice-presidente Nelson Teixeira; o secretário-geral Leonardo Santos; o também membro da Executiva, Vagner Bacarin; o assessor do vereador Claudio Fonseca e coordenador dos diretórios da zona leste, Carlos Ronaldo; além da própria vereadora e do seu chefe de gabinete, Cesar Hernandes. Em breve divulgaremos o calendário de atividades.

Enquanto o STF pauta julgamento da criminalização da homofobia, ministra Damares Alves dispara na contramão como porta-voz do mimimi da intolerância



No mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal pauta o julgamento da criminalização da homofobia, ou seja, debate se a discriminação e a ofensa por orientação sexual e identidade de gênero deve ser considerada e punida como crime, o #ProgramaDiferente exibe mais um episódio da série "É verdade esse bilete. Assinado: Damares".

O terceiro episódio mostra a sinistra ministra do presidente Jair Bolsonaro na sua cruzada contra a suposta destruição da família tradicional brasileira pela ditadura gay ao denunciar um plano maquiavélico que começa com a "desconstrução da heteronormatividade".

Chamada de Doidamares na coluna bem humorada do jornalista José Simão, a inigualável pastora Damares Alves também acusa com aquele seu jeitinho peculiar que ela e outros sagrados defensores da família são tachados de anormais e que por isso são perseguidos (valha-me Deus!).

Todo esse mimimi de Damares tem como base um decreto presidencial de 2009 que determinava que configurações familiares constituídas por gays, lésbicas, travestis e transexuais fossem reconhecidas e incluídas nos sistemas de informação do serviço público. Oh! Que horror! Assista.

Líder do PPS, vereador Claudio Fonseca presta justa homenagem a Eduardo Suplicy e seu projeto da Renda Básica de Cidadania como missão de vida



O líder do PPS na Câmara Municipal de São Paulo, vereador Claudio Fonseca, prestou na sessão desta terça-feira, 12 de fevereiro, uma justa homenagem ao vereador Eduardo Suplicy pelo seu empenho na luta para ver implantado no Brasil o projeto da Renda Básica de Cidadania. O Blog do PPS se soma a este reconhecimento público, independentemente de divergências partidárias ou ideológicas. Assista.

Suplicy e a Renda Básica de Cidadania como missão de vida

Para quem entende a política como vocação e dedicação apaixonada por boas causas, a disposição para o bom combate e a busca incansável pelo bem comum e a melhoria da qualidade de vida das pessoas, um nome simboliza e sintetiza este ser político idealista, íntegro, coerente, generoso e necessário para o Brasil: Eduardo Matarazzo Suplicy.

Essa justa homenagem de caráter suprapartidário é um reconhecimento pelo verdadeiro sacerdócio de Suplicy como professor e servidor público, por sua atuação edificante como vereador, deputado estadual, deputado federal, senador e secretário de Direitos Humanos, e pela missão que ele próprio se incumbiu nestes 77 anos de vida exemplar: ser um pregador e batalhador da ideia da Renda Básica de Cidadania.

A garantia incondicional de uma renda suficiente para que todo cidadão possa prover as suas necessidades vitais, como alimentação, saúde, moradia e educação, não importando sua origem, raça, sexo, idade, condição civil ou mesmo socioeconômica, é a essência do espírito de igualdade e dos princípios republicanos que devem ser perseguidos por todos os entes políticos em uma democracia.

Essa proposta da compensação de renda se torna a cada dia mais urgente, principalmente com o aumento desenfreado das desigualdades econômicas e sociais, com o bloqueio do acesso igualitário às oportunidades para todos, e sobretudo com as dificuldades de ingresso no sistema de educação e na obtenção do pleno emprego. Sem contar todos os estudos que mostram que mais da metade das profissões formais existentes hoje em dia vão simplesmente deixar de existir dentro dos próximos 10 anos.

Mais de 30 milhões de vagas com carteira assinada seriam imediatamente extintas se todas as empresas do país resolvessem substituir trabalhadores humanos pela tecnologia já existente. Esse é o maior desafio governamental da atualidade, como reflexo da modernidade no mundo inteiro, que Suplicy trouxe como foco prioritário por todos esses anos da sua atuação como homem público e que desaguou na proposta da Renda Básica.

A preocupação com o tema é global, e deixou há muito de ser plataforma de esquerda ou de direita, de governos progressistas ou conservadores. Até o bilionário Bill Gates, fundador da Microsoft e famoso por defender causas sociais, passou a propor a criação de um imposto específico para robôs que substituirão a mão de obra humana nos próximos anos, destinando esses recursos para um fundo de distribuição de renda para os trabalhadores que perderem suas funções para as máquinas.

É disso que trata a principal causa política e humana de Eduardo Suplicy, que se transformou em sua missão de vida e da qual nos anunciamos discípulos: o direito à cidadania igual e incondicional para todos. Que cada brasileiro possa compartilhar da riqueza comum de nossa nação, com elevado grau de dignidade e com os olhos voltados para a felicidade individual e para o progresso do país.

Desde o primeiro dia de mandato como deputado estadual há 40 anos, em 1979, passando pelas eleições seguintes para deputado federal em 1982 e 1986, vereador em 1988 e 2016, inclusive com a passagem marcante como presidente da Câmara Municipal de São Paulo em 1989 e 1990, e senador por 24 anos, eleito para três mandatos consecutivos em 1990, 1998 e 2006, sua trajetória é marcada pela honestidade, pela humildade, pela ética, pela transparência em todos os atos da vida pública e por essa luta ininterrupta pela construção de um Brasil civilizado e justo, no qual todas as pessoas possam ter vez e voz, igualdade de oportunidades e real influência sobre os nossos destinos.

Por tudo isso rendemos essa merecida homenagem, agradecendo pela atuação política e a trajetória ilibada de Eduardo Matarazzo Suplicy, acima de ideologias ou de cores partidárias, e nos somamos nessa missão de vida por um futuro mais digno para todas as cidadãs e os cidadãos brasileiros. Obrigado, Suplicy. Sigamos em frente com firmeza, sensibilidade, dedicação e coragem por um Brasil melhor.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Editorial do Estadão: Governar não é tuitar

Demanda presença, articulação, lucidez - isto é, tudo o que Bolsonaro, convalescente e a reboque dos filhos e dos aliados mais radicais, ainda não conseguiu oferecer ao País

A Constituição, em seu artigo 79, estabelece que o vice-presidente da República tem apenas uma função relevante: substituir temporariamente o presidente, se este se encontrar doente ou em viagem, ou suceder-lhe, se o cargo ficar vago. No caso de doença, por exemplo, a função presidencial obviamente deve ser exercida pelo vice enquanto o presidente não estiver restabelecido a ponto de conseguir retornar ao trabalho. Há uma razão comezinha para ser dessa forma: a administração do País e a tomada de decisões do governo não podem depender da plena recuperação da saúde do presidente, que pode demorar dias ou até meses.

É preciso que haja alguém com autoridade constitucionalmente reconhecida no exercício do cargo para deliberar sobre os assuntos do governo e orientar os ministros. Do contrário, haverá indesejável paralisia administrativa - como a que o País assiste agora em razão da prolongada internação do presidente Jair Bolsonaro.

Inexplicavelmente, Bolsonaro reassumiu seu cargo apenas 48 horas depois de uma cirurgia de sete horas de duração, realizada no dia 28 de janeiro, para a reconstituição do intestino, atingido no atentado à faca que sofreu ainda na campanha eleitoral, em setembro do ano passado. Conforme os boletins médicos, a operação foi bem-sucedida, e a equipe que o atendeu estabeleceu inicialmente um prazo de dez dias para a recuperação do presidente, mas mesmo esse prazo se mostrou otimista demais. Jair Bolsonaro continuava internado duas semanas depois da cirurgia, período em que o presidente apresentou quadro de pneumonia e febre.

Nesse meio tempo, em vez de delegar suas funções para o vice-presidente Hamilton Mourão, conforme estabelece a Constituição e manda o bom senso, Bolsonaro julgou que poderia logo retomar a dura rotina presidencial - até mesmo uma espécie de gabinete foi montado no quarto do hospital para que ele pudesse despachar. No dia 31 de janeiro, Bolsonaro chegou a fazer uma videoconferência com um ministro e a telefonar para outros, mas logo teve de interromper esse trabalho por ordens médicas - o presidente não poderia nem sequer falar, que dirá encontrar-se com ministros e tomar decisões de Estado. O repouso deveria ser absoluto.

Está claro que, nessas circunstâncias, o vice Hamilton Mourão deveria ter assumido o cargo, pois há diversas decisões à espera do aval do presidente, como a formatação da reforma da Previdência, para ficar só na mais importante. No entanto, Bolsonaro optou por manter-se no cargo mesmo sem ter condições para isso.

Não se conhecem as razões de tal decisão, mas consta que os filhos de Bolsonaro, cuja opinião é determinante para o presidente, não se dão bem com o vice-presidente. O ruído entre eles ficou ainda mais acentuado quando Hamilton Mourão resolveu dar opiniões sobre temas caros aos Bolsonaros - disse, por exemplo, que era contra a mudança da Embaixada do Brasil em Israel para Jerusalém, uma promessa de campanha. Além disso, Mourão está tentando construir uma boa relação com a imprensa, contra a qual os filhos de Bolsonaro dedicam grande virulência. Em resumo, a relação do entorno do presidente com Mourão é de desconfiança. Num país em que tantos vices assumiram o cargo de presidente por vacância, isso tende a alimentar todo tipo de especulação.

Assim, o governo hoje é exercido por alguém sem condições de saúde para tal, sofrendo influência direta e ampla dos filhos - que não receberam um único voto para presidente nem ocupam cargos de ministros. O exercício da Presidência pelo vice-presidente deve respeitar o que diz a Constituição, e não o que ditam os filhos do presidente. Não se trata de uma questão familiar, mas institucional.

Bolsonaro precisa o quanto antes se dar conta de que não está mais em campanha, quando todos os problemas do País podiam ser “resolvidos” por meio de slogans digitados em redes sociais, sob orientação dos filhos. Governar é muito diferente de tuitar: demanda presença, articulação, lucidez - isto é, tudo o que Bolsonaro, convalescente e a reboque dos filhos e dos aliados mais radicais, ainda não conseguiu oferecer ao País.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Esquerda x direita: sempre a mesma ladainha no país dos babacas. Que vergonha alheia! Enquanto isso...

Lula tá preso, babaca! Bolsonaro é mito! Brasil acima de tudo, Deus acima de todos. Talvez você leia até o fim e não veja sentido algum. Talvez veja.

Mataram a Marielle e ninguém diz quem foi. Esfaquearam um candidato a presidente. É de direita? Dane-se! Ameaçaram um deputado gay. É de esquerda? Bem feito!

Rompeu a barragem de Brumadinho, numa tragédia pior que Mariana. Queimaram 10 meninos no Flamengo. O país chora. Até a próxima manchete.

Enchente. Chacina. Feminicídio. Politicagem. Tráfico. Corrupção.

Abaixo a Rede Globo, babaca! Vamos dominar as redes sociais. Jornalismo profissional é tendencioso. Nós fazemos a nossa verdade! Abaixo a política tradicional! Somos todos cidadãos de bem! Contra a ideologia de gênero. Contra o marxismo cultural. Contra a narrativa de esquerda que inventou o aquecimento global. Contra a destruição da família brasileira.

Fizeram do PSL e do PT os dois maiores partidos do Brasil. Sairão R$ 120 milhões dos cofres públicos para sustentar cada um. Deve ser o maior gasto em tratamento de lixo da história! E tem gente que se surpreende que o presidente do PSL é machista e roleiro. E tem gente que se surpreende que a presidenta do PT é uma anta. Quando vai acabar esse pesadelo? Só por Deus, mesmo! Mas Deus não tem partido, babaca!

Conheça e assista a série "É verdade esse bilete. Assinado: Damares" no #ProgramaDiferente

O novo quadro de humor crítico ‪#IssoAGloboNãoMostra, do Fantástico deste domingo, 10 de fevereiro, na Rede Globo, mostra a sinistra ministra Damares como o #ProgramaDiferente já vem mostrando na série "É verdade esse bilete. Assinado: Damares".‬

Chamada também de Doidamares pelo jornalista José Simão, colunista da Folha de S. PauloDamares Alves é uma personagem emblemática desta "nova era" - como ela mesma classifica a ascensão do bolsonarismo ao poder, essa mistura amorfa que reúne fake news, aversão ao petismo e às esquerdas de modo genérico, conservadorismo exacerbado, fanatismo religioso e saudosismo da ditadura militar.

O fato é que não alteramos em nenhum momento o discurso de Damares Alves. Tudo que é mostrado é a expressão mais fiel do que ela e seus seguidores dizem e pensam sobre o Brasil e temas como educação, sexualidade, religião, fé, cultura, sociedade e o papel do Estado e do novo governo. Ame ou odeie, é a realidade como ela se apresenta.

Veja alguns dos episódios da série exibida pelo #ProgramaDiferente:

1 - Damares contra a ditadura gay

2 - Damares acusa educadores de ensinarem masturbação às crianças

3 - Damares contra a destruição da família brasileira

4 - Damares contra a descriminalização das drogas

5 - Damares em cruzada contra o aborto

6 - Damares contra a Escola do Sexo (Parte 1)

7 - Damares contra a Escola do Sexo (Parte 2)

8 - Damares contra a Escola sem Homofobia

9 - Damares denuncia plano de legalização da pedofilia

10 - Damares denuncia turismo de pedófilos no Carnaval

11 - Damares contra a prostituição

12 - Damares contra a eutanásia

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Será que o Acordo Ortográfico foi só uma piada de português? Conheça as diferenças bem humoradas entre Brasil e Portugal no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente desta semana trata do Acordo Ortográfico dos países de língua portuguesa. Mas que bicho é esse, você lembra? Põe acento, tira acento, elimina o trema, põe hífen ou não põe?

A confusão já começa pelas datas. O tratado entre os países, na tentativa de unificar a escrita, foi estabelecido em 1990. A previsão é de que entraria em vigor há 25 anos, em 1994. Oficialmente, entrou há 10, em 2009. Na prática, foi adiado pra 2016. Mas, cá entre nós, pra valer mesmo, não pegou até hoje, 30 anos depois.

Vamos falar das diferenças bem humoradas entre Brasil e Portugal, e desta que talvez seja a verdadeira piada do português, o nosso idioma. Pelo menos, com a inclusão do k, do w e do y no nosso alfabeto, já podemos ter aqueles nomes hollywoodianos lindos no Brasil, que causam bullying e levam 10 minutos pra soletrar, e até rir no WhatsApp com o famoso (e enfim oficial) kkk. Assista.

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Damares Alves acusa a ex-prefeita Marta Suplicy e especialistas holandeses de ensinarem educadores a masturbar bebês de 7 meses nas creches



No segundo episódio de "É verdade esse bilete. Assinado: Damares", a série do #ProgramaDiferente mostra a sinistra ministra do presidente Jair Bolsonaro atacando violentamente o sistema educacional brasileiro e o ensino integral. Adepta da tese da educação domiciliar e à distância, ela defendeu em pregação que as crianças passem mais tempo nas igrejas e menos nas escolas, que "detonam" nossos filhos e netos.

Apelidada de Doidamares pelo jornalista José Simão em sua coluna na Folha de S. Paulo, a inigualável pastora Damares Alves também acusa a ex-prefeita Marta Suplicy de ter gasto R$ 2 milhões em São Paulo, por influência de "especialistas holandeses", para ensinar educadores a masturbar bebês a partir dos 7 meses nas creches. Inacreditável! Assista.

Pacaembu é entregue à iniciativa privada por 35 anos

Enfim saiu a primeira concessão para a iniciativa privada do pacotão de desestatização anunciado desde a campanha que elegeu João Doria (PSDB) prefeito de São Paulo, em 2016.

Dois anos e meio depois da promessa, o atual prefeito Bruno Covas, também do PSDB e sucessor do hoje governador Doria na Prefeitura, entrega a gestão do Estádio do Pacaembu por 35 anos ao consórcio vencedor, denominado Patrimônio SP, formado pelo fundo de investimentos Savona e pela empresa Progen.

O consórcio vencedor ofereceu R$ 111,2 milhões pela concessão, valor quase três vezes mais alto que os R$ 37 milhões estimados inicialmente pela Prefeitura. Outras quatro empresas fizeram ofertas menores – uma delas foi a WTorre, que construiu e administra o estádio do Palmeiras, que ficou em terceiro lugar ao oferecer R$ 44 milhões; em segundo, com uma proposta de R$ 88 milhões, ficou um consórcio integrado pelo Santos, que atualmente é o time que mais realiza jogos no Pacaembu.

A Progen é uma megaempresa com unidades no Brasil, México e Chile, além de parcerias até em Cuba, na China e na Rússia, que atua nas áreas de mineração, energia, metalurgia, siderurgia, petroquímica, fertilizantes, transportes, portos, engenharia consultiva e gerenciamento de projetos. Apresenta no seu portfólio clientes como Coca-Cola, Gerdau, Petrobras, Pfizer, Votorantim, Vale e Rede Globo.

O presidente da Progen é Eduardo Machado Barella, de apenas 37 anos, filho do fundador da empresa, José Ricardo Barella. “Queremos trazer a população para dentro do estádio, com atrações e atividades culturais, preservando o patrimônio histórico”, disse Eduardo, que integra também o Conselho de Administração da SPTrans.

Está prevista na licitação uma reforma em todo o sistema elétrico, hidráulico, de telecomunicações e estrutural do Pacaembu. A Progen também precisa construir uma área de 500 m² de novos sanitários, reforma de banheiros existentes, vestiários, lanchonetes, pista de atletismo, assentos das arquibancadas e implantação de geradores com painel de transferência automática.

De acordo com números da Prefeitura, no ano de 2017 o estádio teve receita de R$ 2,4 milhões e gastos de R$ 8,3 milhões. Ou seja, um prejuízo anual de quase R$ 6 milhões para os cofres públicos.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Mais uma tragédia neste início de ano no Brasil

O Brasil acorda nesta sexta-feira, 8 de fevereiro, triste com mais uma notícia lamentável nesse início de ano.

Nossa solidariedade aos amigos e familiares dos garotos mortos e feridos no incêndio do Centro de Treinamento do Flamengo, o #NinhodoUrubu.

Muita triste essa tragédia com adolescentes em busca de seu maior sonho no futebol.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

PPS convoca Congresso Extraordinário para mudança de nome nos dias 22 e 23 de março em Brasília

A Executiva Nacional do PPS anuncia a realização de um Congresso Extraordinário nos dias 22 e 23 de março, no Hotel San Marco, em Brasília (DF), para definição do novo nome do partido e aprovação da resolução política que vai indicar os rumos dessa nova formatação partidária. Veja aqui mais informações e a convocação oficial do Congresso.

Leia também:

Um novo nome para um novo ser e um fazer diferente

Damares contra a ditadura gay no #ProgramaDiferente



Não existe mulher igual a Damares Alves. Famosa pelo relato da experiência com Jesus em um pé de goiaba, defensora da "nova era" em que menino veste azul e menina veste rosa e salvadora de uma indiazinha das mãos de uma tribo supostamente selvagem, entre outras inúmeras polêmicas, a pastora evangélica e ministra do governo do presidente Jair Bolsonaro merece uma série especial do #ProgramaDiferente. Temos muito a aprender com ela.

Por isso estreamos a série "É verdade esse bilete. Assinado: Damares". No episódio de hoje: Damares contra a ditadura gay. Mostramos como a pastora ataca a imposição da ideologia gay e bissexual, que não apenas coloca em risco a família brasileira, como ameaça tirar a Bíblia de circulação no país e ainda pode levar para a cadeia pais que forem denunciados pelos próprios filhos homossexuais por lerem a Bíblia em suas casas. Um horror! Assista.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Uma "nova era" com Bolsonaro, a vanguarda do retrocesso e os emergentes da velha política

Tal como os resíduos tóxicos que transbordam de uma barragem fragilizada e vulnerável pela combinação assassina da negligência com a ganância, também os rejeitos da velha política contaminam o ambiente já debilitado da democracia e das instituições republicanas ao trazer a escória das redes sociais para o palco central das decisões do poder.

Perdoe a metáfora impiedosa, mas vivemos tempos de complexas e profundas mudanças tecnológicas, culturais e comportamentais, que merecem contínua reflexão, análise e consideração. A imagem de um país degradado em meio ao mar de lama é emblemática. Na era das fake news, verdades precisam ser ditas.

É ponto pacífico que necessitávamos de um freio urgente aos desmandos e abusos da máfia estabelecida no governo federal - então não foi à toa a vitória de quem mais soube explorar a radicalização antipetista, ou a aversão ao status quo. Porém, é aquela velha história: a diferença entre o remédio e o veneno está na dose aplicada.

O fato de o Brasil eleger o que já chamamos aqui de "o meme que virou presidente" criou em alguns a ilusão do aprimoramento da participação popular através de uma quase reinvenção da democracia direta, traduzida nessa espécie de ágora virtual, online e responsiva, como manda o código de etiqueta da internet, e instituída de maneira aparentemente espontânea, horizontal e descentralizada.

O brasileiro anônimo, ou o chamado "cidadão de bem" até então excluído daquilo que se entendia como "fazer política" do modo mais convencional e organizado, aliás também fortemente avesso ao sistema partidário e eleitoral vigente, ganha um protagonismo inédito, histórico e revolucionário com as suas intervenções autorais por meio de postagens, memes, lives, stories, curtidas, comentários e compartilhamentos.

Partidos, sindicatos, ONGs e associações tradicionais envelheceram rapidamente, perderam credibilidade e foram substituídos por novas plataformas, grupos no WhatsApp, comunidades no Facebook e perfis no Instagram. Velhas causas e bandeiras foram trocadas por modernas hashtags, reivindicações pontuais e manifestações difusas. A militância de esquerda, com seu antigo charme e líderes maculados pelo fiasco criminoso do PT, foi fragorosamente derrotada pelo pragmatismo dos influenciadores digitais e pelo poder ofensivo dessa nova direita.

O grande problema, na minha modesta e parcial opinião, é que apenas invertemos a mão de direção da má política. Trocamos seis por meia dúzia. Substituímos estúpidos de esquerda por boçais de direita, sem meio-termo. Não há nenhuma inovação nos métodos, práticas e conceitos. Saem os seguidores fanáticos de um lado e entram seus opositores na contramão, tão limitados e danosos quanto seus antecessores.

Ou será que dá para considerar "nova política", ou comemorar o início da tal "nova era", como anunciada pelo fã-clube do bolsonarismo, esse substrato ideológico que tem como guru Olavo de Carvalho e como líderes e principais expoentes Jair Bolsonaro e suas crias, além de Onyx Lorenzoni, Damares Alves, Ernesto Araújo, Ricardo Vélez Rodríguez, Joice Hasselmann, Alexandre Frota, Bia Kicis, Carla Zambelli, Major Olímpio, Major Vitor Hugo e outros que tais da vanguarda do retrocesso?

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do PPS/SP, líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do Blog do PPS e apresentador do #ProgramaDiferente

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Caras novas na Câmara Municipal de São Paulo

Os vereadores retomam os trabalhos no plenário da Câmara Municipal de São Paulo com novidades. Para o lugar de Sâmia Bomfim (PSOL) e David Soares (DEM), eleitos e empossados deputados federais, assumem respectivamente os suplentes Celso Giannazi (PSOL), irmão do deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL), e Beto do Social (PSDB).

Até o final de fevereiro também Conte Lopes (PP) deverá renunciar ao mandato na Câmara Municipal para ser empossado deputado estadual, sendo substituído pelo próximo suplente da coligação que o elegeu vereador em 2016, integrada por PP, PSD, DEM e PSDB.

Por isso, os até então suplentes Dalton Silvano (DEM) e Caio Miranda (PSB) herdam definitivamente os mandatos do capitão da PM e do pastor evangélico, filho de R.R. Soares, que assumem seus mandatos na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Outros três vereadores tucanos estão licenciados por ocuparem secretarias na administração do prefeito Bruno Covas (PSDB): Aline Cardoso, Daniel Annemberg e João Jorge. Sendo assim, os próximos na lista de suplência da coligação são os também tucanos Quito Formiga Beto do Social, que já ocupam interinamente as cadeiras dos titulares. O terceiro suplente, para o lugar de Conte, seria Edson Aparecido.

Ocorre que o tucano Edson Aparecido também é secretário municipal, e o seguinte na fila, Jonas Camisa Nova (DEM), que lançou o filho candidato a deputado estadual pelo PR em 2018, enfrenta problemas de saúde e pode não assumir o cargo.

Nesse caso, e não havendo o retorno de nenhum dos vereadores licenciados, Thammy Miranda (foto), o filho trans da cantora Gretchen e suplente pelo PP, assumiria por alguns meses uma cadeira na Câmara de São Paulo (leia aqui). É uma possibilidade.

Bancada do PPS

Os vereadores do PPS, Soninha Francine e Claudio Fonseca, seguem ocupando seus lugares nas comissões de Finanças e Orçamento e de Constituição e Justiça, respectivamente. O PPS tem vaga ainda nas comissões de Direitos Humanos e da Criança e do Adolescente. Além disso, Soninha prossegue na suplência da Mesa Diretora.

No mandato da Soninha, há novidade na chefia de gabinete. O novo responsável é o jornalista Cesar Hernandes, que participou das duas campanhas da vereadora como candidata à Prefeitura de São Paulo nos anos de 2008 e 2012, e já atuou na Liderança do PPS, na Secretaria de Assistência Social e na Subprefeitura da Lapa.

O ex-chefe de gabinete Leonardo Casal Santos é desde janeiro o subprefeito da Lapa, substituindo o presidente do PPS paulistano, Carlos Fernandes, que comandou essa Subprefeitura nos dois primeiros anos da gestão dos prefeitos João Doria e Bruno Covas. Seguimos acompanhando o trabalho de todos.

Leia tudo sobre o mandato dos vereadores do PPS:

Página da Soninha Francine

Página do Claudio Fonseca

Perfil pessoal da Soninha Francine

Perfil pessoal do Claudio Fonseca

"Vai pra Cuba": entenda a mais típica agressão da bipolaridade eleitoral brasileira no #ProgramaDiferente



Nesta 5ª temporada, o #ProgramaDiferente - ainda mais necessário e provocativo - registra os 60 anos da Revolução Cubana, numa época em que "Vai pra Cuba" virou xingamento típico contra qualquer ação ou pensamento de esquerda no Brasil.

Ao completar o primeiro mês do governo Bolsonaro, expressão mal acabada da nova direita brasileira e desse extemporâneo anticomunismo, parece emblemático e oportuno fazer uma análise política e sociológica desta que é a ofensa genérica mais repetida pelo direitista chucro padrão.

Vai pra Cuba, carregando Fidel, Che, Lula, Fernando Morais, os médicos cubanos e quem mais você quiser levar pra Ilha. Enquanto isso, seguimos por aqui traçando um inusitado paralelo histórico desses acontecimentos. Vivemos tempos estranhos. Assista.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Renan Calheiros e o surto de um derrotado

Derrotado de forma humilhante na sua quinta tentativa de presidir o Senado Federal, Renan Calheiros perdeu completamente as estribeiras. Surtou, coitadinho!

Acostumado a manipular as pessoas, pressionar, ameaçar, amedrontar, chantagear, ele percebe da pior maneira possível que seus dias de apego ao poder estão chegando ao fim. Perdeu, coroné!

É inegável que a política mudou, assim como os cabelos implantados do Renan, mas o seu caráter continua o mesmo!

São inaceitáveis os ataques pessoais, íntimos, que ele faz à jornalista Dora Kramer e ao ex-senador Ramez Tebet, morto em 2006 e pai da senadora Simone Tebet, que ajudou a impor a Renan a sua mais fragorosa derrota.

Renan, você é nojento, indecente, cínico, vil, infame, misógino, indecoroso, uma vergonha para o Brasil. Não basta a renúncia à candidatura presidencial, deveria perder o cargo.

Mas seus dias estão contados. Já vai tarde, senadorzinho de m*!

sábado, 2 de fevereiro de 2019

Parabéns, cidadão brasileiro! Somos todos idiotas!

Os acontecimentos do Senado Federal, com ofensas, xingamentos, denúncias, conchavos, pastas roubadas, interferência do Supremo Tribunal Federal com liminar na madrugada para impedir a transparência do voto e outros atos dignos de picadeiro, apenas comprovam que o Brasil virou um grande circo!

Venderam para você a ilusão de que o nosso país iria mudar para melhor a partir do seu voto em outubro do ano passado? (kkk) Pois te fizeram de idiota, meu amigo e minha amiga. Só mudaram as moscas (em alguns casos, nem as moscas).

Nem vamos falar de todos os outros problemas e escândalos que estão estourando por aí. A #VergonhaAlheia pelos acontecimentos no Senado nos dão um triste retrato da nossa realidade, já tão tragicamente marcada nessa lama assassina da omissão e da irresponsabilidade que resume este primeiro mês de 2019. O que mais vem por aí? Socorro!

Parece piada velha e de mau gosto, mas é censura!



Você acredita que, em pleno 2019, falar de nudez na internet e mostrar uma apresentação do cantor Ney Matogrosso, por exemplo, ainda é motivo de censura? Parece piada antiga ou notícia requentada, mas os mesmos tabus dos anos 70, que escandalizavam algumas pessoas nos tempos da ditadura militar, estão de volta até com os mesmos personagens!

O #ProgramaDiferente foi sumariamente censurado e bloqueado nas principais redes sociais ao tratar desses temas "proibidos" e exibir corpos nus. Censuraram o programa "Tá todo mundo nu! #MandaNudes" (eita! piada pronta!?)

Veja que ironia! O Facebook e o Youtube, verdadeiras fábricas de fake news que ajudaram a eleger Donald Trump nos Estados Unidos e Jair Bolsonaro no Brasil, classificam de "conteúdo inaceitável" um programa jornalístico feito justamente para denunciar esses tempos de excesso de conservadorismo e hipocrisia, além de defender a liberdade de expressão.

O resultado? Bloqueio do perfil do #ProgramaDiferente por 24 horas, com ameaça de exclusão definitiva por "violar as políticas e os padrões da comunidade" desses conglomerados virtuais que ditam as novas regras do mundo moderno. E postagens que normalmente atingem milhares de internautas, divulgando o programa semanalmente, caem para míseros 10 ou 12 seguidores. Deve ser por causa do tal "algoritmo", desculpa usual dessas empresas para o controle rigoroso que exercem sobre cada uma das nossas ações.

Diga se não parece notícia do século passado!? Vivemos ou não vivemos tempos difíceis? Enfim, se você ainda não viu este programa censurado, que marca a estreia da 5ª temporada do #ProgramaDiferente, cada vez mais necessário e provocativo, está na hora de ver! Se não for preconceituoso nem muito sensível a temas polêmicos e subversivos, que arrepiam os mais retrógrados e hipócritas, assista aqui.

Leia também: O que é o #ProgramaDiferente?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Ruy Castro: A grande família


Por que, com tanto poder, o Queiroz perdia seu tempo atrás de um volante?

Pode-se falar o que quiser dos Bolsonaros, mas eles são uma família. Uma grande família, composta do titular com seus filhos, mulheres e ex-mulheres, e de assessores, agregados e amigos idem, juntos por muitas afinidades. Posso imaginá-los aos domingos, no fim da tarde, em volta de uma grande mesa na casa de Jair Bolsonaro, na Barra, dividindo uma pizza também família.

Fabrício Queiroz, motorista e ex-assessor parlamentar do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), é um querido membro honorário da família. Sua própria família se confunde com a dos Bolsonaros e eles dividem não apenas a pizza como nomeações, cargos e contas bancárias a ponto de, às vezes, nem a Fazenda saber o que é de um ou de outro. É bonito observar como eles se dão e se ajudam.

Exemplos: Queiroz sugeriu pelo menos sete funcionários do antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio. Começou pela indicação de sua mulher, Márcia, e de sua enteada Mayara, e, para provar que poderiam ser personagens de um filme de Ingmar Bergman, indicou também Márcio, ex-marido de Márcia e pai de Mayara.

Queiroz era colega de batalhão e amigo de Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como chefe da milícia que domina a comunidade de Rio das Pedras e cabeça do Escritório do Crime. Mas amigo é amigo, e Queiroz indicou a Flávio a filha de Adriano, Danielle, e a própria mãe de Adriano , Raimunda. Tão atencioso para com filhos alheios, Queiroz não poderia descurar dos seus, com o que indicou suas filhas Nathalia e Evelyn.

Todos os indicados pelo motorista Queiroz foram nomeados por Flávio e alguns foram também para o gabinete do deputado federal Jair Bolsonaro. E, como nas melhores famílias, o dinheiro às vezes trocava de mão entre eles. O que me intriga é: com tanto poder para nomear, pagar e receber, por que o Queiroz perdia seu tempo atrás de um volante?

Ruy Castro é jornalista e escritor, autor das biografias de Carmen Miranda, Garrincha e Nelson Rodrigues, e colunista da Folha de S. Paulo.

A relação dos Bolsonaros com Fabrício Queiroz e as milícias