Mais de 700 pessoas participaram neste sábado, 15 de março, na cidade do Rio de Janeiro, do 2º Encontro Programático da aliança PSB-Rede-PPS para discutir as diretrizes do programa de governo de
Eduardo Campos e Marina Silva à Presidência da República.
Além da presença de cidadãos anônimos ao lado de lideranças políticas e partidárias, o encontro contou com a participação especial do pianista Arthur Moreira Lima, que tocou no piano o Hino Nacional e composições clássicas, como “Jesus, Alegria dos Homens” e a "Polonaise", de Bach, “O Trenzinho do Caipira”, de Villa-Lobos, e música popular, como “Odeon”, de Ernesto Nazareth, “Asa Branca”, de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, e “Carinhoso” de Pixinguinha.
A ex-senadora e porta-voz da Rede, Marina Silva; o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos; e o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, entre outros dirigentes regionais, são os anfitriões deste ciclo de encontros pelo Brasil, que reafirmam a importância da construção de um programa de governo pautado por ideias e propostas, e que pode inaugurar a partir de 2015 um período "pós-PT".
“Esse envolvimento nos enche de alegria e de esperança e nos traz a certeza de que estamos no caminho certo”, declarou Eduardo Campos. “São lideranças políticas, militantes, intelectuais, artistas, sonhadores e lutadores unidos nesse momento desafiador. E nosso desafio é unir os brasileiros de cada região para discutir o futuro deste país – porque todos nós queremos morar no futuro”.
Segundo Campos, essa participação crescente nos eventos e encontros da aliança deixa claro que o Brasil precisa cada vez mais trazer as ideias da sociedade para o centro do debate. “O povo sabe o que quer, mas o povo também quer o que não sabe ainda”, disse ele, citando Gilberto Gil. “Nós buscamos com esses debates pelo país justamente encontrar o querer do povo brasileiro e com esse querer reencontrar o nosso país, formado por uma gente generosa, um patrimônio humano e natural extraordinário”.
Cotadíssima para ser candidata a vice-presidente, Marina Silva também declarou estar “muito feliz com o que está acontecendo Brasil afora e Brasil adentro em torno de nosso projeto com Eduardo Campos.” Afirmou ainda estar “de alma plena e inspirada pela música de Arthur Moreira Lima, que aqui veio exercer seu patriotismo e ativismo político, compartilhar seus sonhos e ideais que também são os nossos: construir juntos o Brasil do encontro e não do confronto, do embate, e não do combate”.
“Queremos uma governabilidade programática, não pragmática. Quando dizemos o que estamos fazendo, queremos aprofundar a democracia, melhorar e ampliar a participação política”, disse Marina.
“Temos a maturidade e clareza que não vamos fazer a política do quanto pior, melhor. Queremos a política do quanto melhor, melhor. Não queremos fortalecer aqueles que usam de chantagem para mais um cargo, mais um ministério, mais um conselho. Vamos apoiar todas as propostas justas e corretas que passarão pelo Congresso.”
Tanto Marina Silva quanto Eduardo Campos reafirmaram o compromisso de aprofundar as conquistas e os avanços dos últimos governos (Itamar Franco, FHC e Lula), mas sem complacência com os erros.
“Temos o compromisso de fazer com o que os ganhos que tivemos nos últimos 20 anos, da democracia, da estabilidade da economia, da inclusão social, não sejam perdidos”, afirmou Marina. “O Brasil está a beira de perder estas conquistas porque não consegue institucionalizá-las. Boa parte dos problemas que enfrentamos não são técnicos, é falta de visão estratégica.”
A ex-senadora ressaltou a importância do avanço na implantação de programas sociais e a necessidade de um realinhamento político. “Estamos caminhando para os programas de terceira geração, para criar igualdade de oportunidades, políticas customizadas para aqueles que estão em situação fragilizada”, disse Marina, sobre o avanço que espera das políticas assistenciais implantadas até então.
O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, destacou a importância desse processo de discussão. “Aqui estão políticos que trazem na face, na palavra, na presença, na história esse dever da vitória. A vitória passa a ser um dever. Talvez daí talvez sabendo que esse sonho não será interrompido porque não tem escândalos.”
“São esses movimentos que trazem o fio condutor que nos permitem dizer hoje que estamos nos reencontrando”, avaliou. “Não estamos aqui sem nenhuma visão crítica nem sem reconhecer os avanços conquistados. Mas é preciso reconhecer que é um momento de esgotamento de um ciclo lá atrás, da política e da economia em crise”.
“O Brasil tem que olhar para trás, aprender com o que foi feito de bom e com os erros também. Ninguém pense que a direita está tranquila achando que está tudo certo no país depois das negociatas que esse governo aprontou – incluindo a preocupação com a crise energética que vem por aí e que o Governo quer empurrar com a barriga, anunciando desde logo um estelionato eleitoral”, afirmou Freire.
Representantes do Rio
Parlamentares do Rio de Janeiro, estado que organizou e acolheu o encontro da região sudeste, foram as primeiras lideranças a falar. O vereador Jefferson Moura, representante da Rede-RJ, lembrou os 50 anos do famoso comício do presidente João Goulart na Central do Brasil. O presidente do PPS do Rio, deputado estadual Comte Bittencourt, e o deputado federal Glauber Braga, do PSB, também se pronunciaram como representantes de seus partidos.
O deputado federal Alfredo Sirkis (Rede/PSB) lembrou que o próprio centro de convenções onde o encontro acontecia foi resultado de um "acordo programático", assim como é a proposta atual. Naquela época, há 14 anos, foi um dos pontos que levaram o então candidato do PV a apoiar o prefeito Cesar Maia no 2º turno de 2000.
“Temos que avançar programaticamente. Numa profunda reforma tributária que desonere o trabalho e o investimento e onere a intensidade de carbono. Que dê recursos para os municípios, porque é lá que se resolve os problemas do Brasil”, afirmou Sirkis.
O deputado federal Miro Teixeira, do PROS, criticou a distribuição de cargos promovida pela presidente Dilma Roussef. Ele comparou, ironicamente, o "acordo programático" entre Eduardo e Marina com o que seria um "acordo pornográfico" para manter o chamado governo de coalizão de Dilma.
“Aqui está cheio de ministro do Lula – que não chegaram lá por loteamento. Chegaram porque éramos todos companheiros de luta”, afirmou.
“Não havia o loteamento. Não havia entrega dos cargos porque pura e simplesmente isso iria representar alguns minutos a mais na televisão. Ou mais adiante, como se viu, resultar no mensalão. Nós não temos nada a ver com essas práticas.”
Diretrizes do Programa
No período da tarde, os participantes do 2º Encontro Regional PSB-Rede-PPS se reuniram em grupos de trabalho para discutir as diretrizes do Programa de Governo de Eduardo Campos e Marina Silva.
Este foi o segundo encontro da série, reunindo os estados da região Sudeste. O primeiro aconteceu na região Sul, em Porto Alegre, no dia 22 de fevereiro.O próximo será no sábado, 22 de março, em Salvador, reunindo os estados do Nordeste. Nas semanas seguintes ocorrerão em Manaus (Norte) e Brasília (Centro-Oeste).
Além da presença de cidadãos anônimos ao lado de lideranças políticas e partidárias, o encontro contou com a participação especial do pianista Arthur Moreira Lima, que tocou no piano o Hino Nacional e composições clássicas, como “Jesus, Alegria dos Homens” e a "Polonaise", de Bach, “O Trenzinho do Caipira”, de Villa-Lobos, e música popular, como “Odeon”, de Ernesto Nazareth, “Asa Branca”, de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, e “Carinhoso” de Pixinguinha.
A ex-senadora e porta-voz da Rede, Marina Silva; o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos; e o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, entre outros dirigentes regionais, são os anfitriões deste ciclo de encontros pelo Brasil, que reafirmam a importância da construção de um programa de governo pautado por ideias e propostas, e que pode inaugurar a partir de 2015 um período "pós-PT".
“Esse envolvimento nos enche de alegria e de esperança e nos traz a certeza de que estamos no caminho certo”, declarou Eduardo Campos. “São lideranças políticas, militantes, intelectuais, artistas, sonhadores e lutadores unidos nesse momento desafiador. E nosso desafio é unir os brasileiros de cada região para discutir o futuro deste país – porque todos nós queremos morar no futuro”.
Segundo Campos, essa participação crescente nos eventos e encontros da aliança deixa claro que o Brasil precisa cada vez mais trazer as ideias da sociedade para o centro do debate. “O povo sabe o que quer, mas o povo também quer o que não sabe ainda”, disse ele, citando Gilberto Gil. “Nós buscamos com esses debates pelo país justamente encontrar o querer do povo brasileiro e com esse querer reencontrar o nosso país, formado por uma gente generosa, um patrimônio humano e natural extraordinário”.
Cotadíssima para ser candidata a vice-presidente, Marina Silva também declarou estar “muito feliz com o que está acontecendo Brasil afora e Brasil adentro em torno de nosso projeto com Eduardo Campos.” Afirmou ainda estar “de alma plena e inspirada pela música de Arthur Moreira Lima, que aqui veio exercer seu patriotismo e ativismo político, compartilhar seus sonhos e ideais que também são os nossos: construir juntos o Brasil do encontro e não do confronto, do embate, e não do combate”.
“Queremos uma governabilidade programática, não pragmática. Quando dizemos o que estamos fazendo, queremos aprofundar a democracia, melhorar e ampliar a participação política”, disse Marina.
“Temos a maturidade e clareza que não vamos fazer a política do quanto pior, melhor. Queremos a política do quanto melhor, melhor. Não queremos fortalecer aqueles que usam de chantagem para mais um cargo, mais um ministério, mais um conselho. Vamos apoiar todas as propostas justas e corretas que passarão pelo Congresso.”
Tanto Marina Silva quanto Eduardo Campos reafirmaram o compromisso de aprofundar as conquistas e os avanços dos últimos governos (Itamar Franco, FHC e Lula), mas sem complacência com os erros.
“Temos o compromisso de fazer com o que os ganhos que tivemos nos últimos 20 anos, da democracia, da estabilidade da economia, da inclusão social, não sejam perdidos”, afirmou Marina. “O Brasil está a beira de perder estas conquistas porque não consegue institucionalizá-las. Boa parte dos problemas que enfrentamos não são técnicos, é falta de visão estratégica.”
A ex-senadora ressaltou a importância do avanço na implantação de programas sociais e a necessidade de um realinhamento político. “Estamos caminhando para os programas de terceira geração, para criar igualdade de oportunidades, políticas customizadas para aqueles que estão em situação fragilizada”, disse Marina, sobre o avanço que espera das políticas assistenciais implantadas até então.
O presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, destacou a importância desse processo de discussão. “Aqui estão políticos que trazem na face, na palavra, na presença, na história esse dever da vitória. A vitória passa a ser um dever. Talvez daí talvez sabendo que esse sonho não será interrompido porque não tem escândalos.”
“São esses movimentos que trazem o fio condutor que nos permitem dizer hoje que estamos nos reencontrando”, avaliou. “Não estamos aqui sem nenhuma visão crítica nem sem reconhecer os avanços conquistados. Mas é preciso reconhecer que é um momento de esgotamento de um ciclo lá atrás, da política e da economia em crise”.
“O Brasil tem que olhar para trás, aprender com o que foi feito de bom e com os erros também. Ninguém pense que a direita está tranquila achando que está tudo certo no país depois das negociatas que esse governo aprontou – incluindo a preocupação com a crise energética que vem por aí e que o Governo quer empurrar com a barriga, anunciando desde logo um estelionato eleitoral”, afirmou Freire.
Representantes do Rio
Parlamentares do Rio de Janeiro, estado que organizou e acolheu o encontro da região sudeste, foram as primeiras lideranças a falar. O vereador Jefferson Moura, representante da Rede-RJ, lembrou os 50 anos do famoso comício do presidente João Goulart na Central do Brasil. O presidente do PPS do Rio, deputado estadual Comte Bittencourt, e o deputado federal Glauber Braga, do PSB, também se pronunciaram como representantes de seus partidos.
O deputado federal Alfredo Sirkis (Rede/PSB) lembrou que o próprio centro de convenções onde o encontro acontecia foi resultado de um "acordo programático", assim como é a proposta atual. Naquela época, há 14 anos, foi um dos pontos que levaram o então candidato do PV a apoiar o prefeito Cesar Maia no 2º turno de 2000.
“Temos que avançar programaticamente. Numa profunda reforma tributária que desonere o trabalho e o investimento e onere a intensidade de carbono. Que dê recursos para os municípios, porque é lá que se resolve os problemas do Brasil”, afirmou Sirkis.
O deputado federal Miro Teixeira, do PROS, criticou a distribuição de cargos promovida pela presidente Dilma Roussef. Ele comparou, ironicamente, o "acordo programático" entre Eduardo e Marina com o que seria um "acordo pornográfico" para manter o chamado governo de coalizão de Dilma.
“Aqui está cheio de ministro do Lula – que não chegaram lá por loteamento. Chegaram porque éramos todos companheiros de luta”, afirmou.
“Não havia o loteamento. Não havia entrega dos cargos porque pura e simplesmente isso iria representar alguns minutos a mais na televisão. Ou mais adiante, como se viu, resultar no mensalão. Nós não temos nada a ver com essas práticas.”
Diretrizes do Programa
No período da tarde, os participantes do 2º Encontro Regional PSB-Rede-PPS se reuniram em grupos de trabalho para discutir as diretrizes do Programa de Governo de Eduardo Campos e Marina Silva.
Este foi o segundo encontro da série, reunindo os estados da região Sudeste. O primeiro aconteceu na região Sul, em Porto Alegre, no dia 22 de fevereiro.O próximo será no sábado, 22 de março, em Salvador, reunindo os estados do Nordeste. Nas semanas seguintes ocorrerão em Manaus (Norte) e Brasília (Centro-Oeste).
1 – Estado e a
Democracia de alta intensidade;
2 – Economia para
o Desenvolvimento Sustentável;
3 – Educação,
Cultura e Inovação;
4 – Políticas sociais e qualidade de vida;
5 – Novo urbanismo
e o pacto pela vida;
Representantes do PPS de São Paulo, liderados pelo presidente paulistano Carlos Fernandes, participaram da coordenação dos debates temáticos: Soninha Francine ficou com o grupo Novo Urbanismo; o professor Cláudio Fonseca com Educação, Cultura e Inovação. Ulrich Hoffmann com Economia para o Desenvolvimento Sustentável; e Maurício Huertas com políticas sociais e qualidade de
vida.
Em todos os temas houve um debate altamente qualificado, com especialistas em cada área tratada e a participação espontânea de cidadãos que enriqueceram com suas propostas e observações o conteúdo do Programa de Governo que vem sendo elaborado de forma aberta e democrática, através desses encontros regionais e de contribuições pela internet.
Marcaram presença ainda pelo PPS o deputado federal Stepan Nercessian, o ex-ministro e vereador de Recife Raul Jungmann e o professor Demetrio Carneiro, ambos representando também a Fundação Astrojildo Pereira, além dos militantes e dirigentes Claudio Vitorino, Leonardo Santos e pelo Rio de Janeiro Gilvan Cavalcanti, Armando Sampaio, Norma Shirley, Cleia Schiavo, Graziela Melo, Fátima, Rogério, Rosemberg, Carlos Eduardo Caminha, Aécio Nanci Filho e Eliseu Neto.
Em todos os temas houve um debate altamente qualificado, com especialistas em cada área tratada e a participação espontânea de cidadãos que enriqueceram com suas propostas e observações o conteúdo do Programa de Governo que vem sendo elaborado de forma aberta e democrática, através desses encontros regionais e de contribuições pela internet.
Marcaram presença ainda pelo PPS o deputado federal Stepan Nercessian, o ex-ministro e vereador de Recife Raul Jungmann e o professor Demetrio Carneiro, ambos representando também a Fundação Astrojildo Pereira, além dos militantes e dirigentes Claudio Vitorino, Leonardo Santos e pelo Rio de Janeiro Gilvan Cavalcanti, Armando Sampaio, Norma Shirley, Cleia Schiavo, Graziela Melo, Fátima, Rogério, Rosemberg, Carlos Eduardo Caminha, Aécio Nanci Filho e Eliseu Neto.