Neste ano, a propaganda eleitoral nas ruas estará liberada oficialmente apenas em 16 de agosto. E vai até o dia 6 de outubro, véspera da eleição. No rádio e na TV, será ainda mais tarde e mais curta: de 31 de agosto até 4 de outubro. Resumindo: teremos um total de 34 dias, muito menos que em eleições passadas, e ainda com o poder de influência do rádio e da TV cada vez mais diluído pela internet, para escolher quem vai governar o Brasil a partir de 1º de janeiro de 2019.
Entre os nomes citados, nos cenários com o inelegível Lula, o candidato-presidiário do PT segue na frente. Na pesquisa espontânea, Jair Bolsonaro (PSL) já lidera. O que demonstra - além da indignação e/ou da demência de parte significativa do eleitorado - que não será tão simples a vida de quem aposta que a candidatura deste boçal irá simplesmente murchar.
Em todas as pesquisas feitas até o momento, Marina Silva (Rede) é quem aparece como principal concorrente de Bolsonaro num eventual 2º turno, embora Ciro Gomes (PDT) venha crescendo em todos os cenários e tem ainda maior potencial com algumas variáveis que podem lhe ser favoráveis (provável apoio do PSB, possível indicação do empresário Benjamin Steinbruch para vice ou um até então improvável apoio de Lula e do PT, talvez com Fernando Haddad de vice).
Por fora, corre (ou, para ser mais realista, permanece estagnada) a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), com seus apoiadores fazendo todos os esforços para torná-lo o nome da união do chamado "centro democrático e reformista". A aposta é que apenas com o início da propaganda eleitoral a sua candidatura será alavancada, o que preocupa alguns aliados que já ameaçam debandar. Não se discute a capacidade e a experiência de Alckmin, mas a sua viabilidade - e de quão palatável será a candidatura tucana para o eleitor que clama justamente por novidade.
Segure-se na cadeira porque o segundo semestre de 2018 será de fortes emoções.