sexta-feira, 19 de junho de 2015

Haddad e a gestão do prefeito Frankenstein

O prefeito Fernando Haddad é o próprio Frankenstein: criatura de Lula que, feito um cientista atormentado, acreditava ser capaz de reproduzir, dos restos petistas, candidatos em série para dar continuidade a seu poder aparentemente ilimitado. Mas o plano deu errado e o jovem Frankenstein passou a aterrorizar São Paulo.

A obra da escritora britânica Mary Shelley, concluída em 1817 e considerada a primeira ficção científica da história, ganha contornos incrivelmente reais em 2015. Destacam-se temas como a relação entre criatura e criador. A criação do homem e sua subseqüente queda. A ruína, a destruição física e moral. Poder, inveja, crime e castigo. Preconceito, ingratidão e injustiça. Por fim, a inevitabilidade do destino.

A própria gestão Haddad é toda feita de retalhos: dos pedaços mal ajambrados distribuídos entre a base aliada aos destroços do plano de governo natimorto apresentado há três anos, a Prefeitura vive tentando costurar seus fragmentos putrefatos.

De um Plano Diretor desfigurado ao enxerto de material impróprio na Lei de Zoneamento, com a consequente mutilação de áreas verdes, por exemplo, passando pelo incentivo à proliferação de zumbis na cracolândia, pelo esquartejamento do Plano Municipal de Educação, pela monstruosa vascularização de ruas mortas com artérias vermelhas artificiais implantadas sem critério nem planejamento, pela montagem de um secretariado que substitui currículo por ficha criminal.

Passou da hora de nos livrarmos dessa aberração da política, essa coisa-ruim.

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