Os candidatos à Presidência da República José Serra (PSDB), Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) e Marina Silva (PV) criticaram a ausência da adversária Dilma Rousseff (PT) em debate na noite desta segunda-feira (23), em São Paulo.
O encontro foi promovido pela TV Canção Nova e pela Rede Aparecida de Comunicação, emissoras de rádio e TV católicas com retransmissoras espalhadas por todo o país.
Dilma não compareceu alegando "problemas de agenda", e o púlpito dedicado a ela no evento ficou vazio ao lado do candidato tucano. Boa desculpa. Deve ser só coincidência que Dilma seja hoje a candidata apoiada pela maioria das igrejas evangélicas e seus pastores, bispos, apóstolos e títulos do gênero.
"Dos quatro candidatos, tem uma que não podia deixar de estar aqui. O meio cristão sabe muito bem quem é José Serra, quem é Marina e eu acho que nenhum dos bispos e padres que estão aqui deixam de me conhecer. No entanto, essa senhora, que é uma incógnita, que não sabemos quem é, que foi inventada pelo Lula, manda uma cartinha cheia de latitudes, foge do debate...", atacou o candidato do PSOL, antes de ser aplaudido pela plateia.
"O que nós temos são três recortes em matéria econômica que não representam orgulho para nós: primeiro, a maior taxa de juros do mundo. A candidata ausente tem defendido essa política", afirmou o tucano, ao ser questionado sobre como via o atual momento econômico do país.
"Segundo, temos a maior carga tributária do mundo em desenvolvimento. Em terceiro, a taxa de investimento público do governo é a penúltima ou antepenúltima do mundo. Isso tem algo de errado para o longo prazo", afirmou.