É justa e compreensível a aflição de todo candidato para aparecer na TV. Por outro lado, cada partido define a sua estratégia eleitoral com uma visão política mais abrangente, e certamente nenhum critério agradaria a totalidade de interesses individuais e coletivos.
O PPS tem 108 candidatos a deputado estadual, para serem mostrados em 19 programas de 46 segundos. Na matemática pura e simples, cada um apareceria uma única vez, por 8 segundos. Mas política não funciona assim.
Qual o critério do PPS? Priorizar na TV os candidatos que têm mandato (os cinco estaduais e os três federais, mais o presidente nacional do partido, um vereador da capital, uma vice-prefeita que por acaso tem o sobrenome do futuro governador e um ex-vereador e principal ídolo do Palmeiras).
Fora isso, todos aparecem na mesmíssima frequência e quantidade. Isso agrada a todos? Certamente não. Mas é um critério político da direção do partido, tentando usar o rádio e a TV para divulgar o voto no 23 e ampliar a quantidade de votos naqueles que têm maior potencial.
Todos aparecem; uns mais, outros menos.
Vejamos o PT: nenhum candidato a deputado aparece na TV. Isso agrada a eles? Não. Estão todos descontentes. Mas é um critério. É o partido que lidera a disputa presidencial com folga e deve fazer o maior número de deputados. Nem assim estão satisfeitos.
Outro exemplo: o PR escolheu um puxador de votos: Tiririca. Isso agrada a todos? Não. Mas foi o critério deles. O PPS não faria isso, eles fazem e devem transformar Tiririca em campeão de votos. Será por aí o caminho?