O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) segue a velha lógica: ocupa espaços vazios, ociosos, improdutivos. Daí ter ocupado com tamanha facilidade e sucesso, nos últimos dias, dois dos mais recentes símbolos do ócio e da inutilidade: as cadeiras de prefeito de São Paulo e da presidente da República.
O PT é o atual inquilino do poder, mas o MTST assumiu a propriedade no grito, na pressão, na ameaça. Não existe vácuo em política. Diante da nulidade de Fernando Haddad e do desmantelamento de Dilma Roussef, o bem nascido e bem articulado Guilherme Boulos invadiu a seara alheia. É o tal "poder popular". (Oi?)
Passaram da crítica e do temor à benevolência e submissão. Cedem a qualquer reivindicação dos sem-teto enquanto imploram para não haver novas manifestações constrangedoras.
A presidente Dilma se reuniu com os manifestantes e despachou o estafeta Gilberto Carvalho para atender suas reivindicações. O prefeito Haddad subiu no carro de som do movimento e tentou desviar o foco da própria inoperância para a Câmara Municipal de São Paulo, celeiro fértil de incredulidades. Foi desonesto e irresponsável.
É a dupla face típica do PT. Diz-se de "esquerda" mas governa com Sarney, Collor, Maluf & cia. Discursa em prol da segurança pública ao mesmo tempo em que tem parlamentares flagrados no crime organizado e seus principais dirigentes reunidos na cadeia.
Leia também: Enquanto se une a Maluf, PT tenta afastar de Padilha os amigos incômodos André Vargas e Luiz Moura
Agora a Folha e a Veja foram apurar vida pregressa do deputado Luiz Moura. A realidade supera a ficção. Descobriu-se um tal Luiz Inácio da Silva que livrou a cara do deputado ligado ao PCC em troca de pinga. E o outro Luiz Inácio da Silva, diz o que?
Deve ser tudo coisa inventada pela "mídia golpista", aquela que revela incômodos ao PT que os "blogueiros amigos", patrocinados com dinheiro público, jamais fariam.
Definitivamente, não dá pra levar a sério o PT. Nem tomando uma...
