O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defende mudança de estratégia para rearticular as forças de oposição. É manchete dos principais jornais do dia.
Segundo o tucano, em vez de buscar o "povão", envolvido pelo PT, é hora de dirigir as ações para as "novas classes médias".
"Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os 'movimentos sociais' ou o 'povão', isto é, as massas carentes ou pouco informadas, falarão sozinhos".
Não por acaso, uma semana após o Blog do PPS ter postado o artigo "Um partido para a juventude e para a classe média", o jornal Valor publicava uma entrevista com o ex-governador paulista Claudio Lembo, pregando que a nova sigla fundada por ele, Guilherme Afif e Gilberto Kassab deve ser "o partido da classe média".
Com a nova classificação da classe média, que hoje reune 100 milhões de brasileiros, quem não quer isso? Mas será que qualquer partido está habilitado para atuar politicamente como representante deste eleitorado? Para determinadas siglas, dada a origem e o histórico, parece um tanto quanto inverossímil.
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