Nem bem começamos fevereiro e todas as expectativas já estão voltadas para as eleições do mês de outubro. No cenário nacional, parece evidente que a disputa terá um tom plebiscitário entre governo (Dilma Roussef) e oposição (José Serra).
As únicas indefinições, ao que parece, recaem sobre a possível candidatura de Ciro Gomes como plano B governista e a escolha dos vices: 1) O governador Aécio Neves aceitará o apelo para ser vice de Serra? 2) Qual nome do PMDB será escolhido para ser vice da chapa de Dilma?
No cenário paulista, tudo parece caminhar para a eleição de Geraldo Alckmin para o Governo do Estado. Isso se não houvesse nada de novo daqui até a eleição, o que pode se confirmar ou não. Mas nem tudo é tão simples. Dentro do próprio ninho tucano existe uma divisão: o grupo do secretário Aloysio Nunes Ferreira - com o reforço do prefeito Gilberto Kassab (DEM) - ainda insiste em colocá-lo na disputa.
Seria um fato inusitado o PSDB abrir mão de Alckmin, com mais de 50% em todas as pesquisas, para lançar Aloysio, que não passa de 2%. Isso quando o nome dele é considerado por algum instituto, pois as últimas pesquisas (Datafolha, Vox Populi) simplesmente o desprezaram.
Não podemos desconsiderar o histórico de Alckmin no partido: impôs seu nome, contra a vontade de Serra, tanto para a corrida presidencial de 2006 quanto para a sucessão municipal em 2008. Seria a hora do acerto de contas do tucanato?
No enfrentamento ao PSDB - que controla o Governo do Estado há 16 anos, desde a primeira vitória de Mário Covas, em 1994 - está o igualmente dividido PT. Parte do partido do mensalão defende uma candidatura própria, outra banda prefere apoiar o paulista Ciro Gomes (sim, por incrível que pareça o "cearense" do PSB é paulista da mesma Pindamonhagaba de Alckmin).
Quem seria o candidato próprio do PT? Talvez o nome com maior potencial de votos seja o renegado Eduardo Suplicy. Mas ninguém em sã consciência no PT admite a hipótese de dar-lhe a legenda. O segundo nome com apelo eleitoral é Aloizio Mercadante, mesmo queimado pela defesa de José Sarney no Senado.
A candidatura de Mercadante para o Governo abre espaço para uma eleição aparentemente tranquila de Marta Suplicy para o Senado - permitindo a composição com o PSB (Paulo Skaf seria um bom vice e Gabriel Chalita o segundo nome ao Senado).
Enquanto PT e PSDB seguem rachados - entre eles e internamente, o PPS tem a definição do nome de Soninha Francine como pré-candidata ao Governo do Estado.
E já que sonhar não custa nada, seria interessante pensar em uma coligação com o PV, por exemplo, assim como ocorrerá no Rio de Janeiro. Lá, o nome forte da coligação - e a melhor alternativa para o Governo - é Fernando Gabeira. Aqui, o diferencial é Soninha. Um bom vice do PV? Que tal Fabio Feldmann? Mas isso é pura especulação...
De concreto, o PPS terá os deputados federais Arnaldo Jardim e Dimas Ramalho disputando a reeleição - com o reforço da candidatura de Roberto Freire para a Câmara. William Woo e Marco Vinício Petreluzzi são nomes cotados para o Senado, ou mesmo para vice de Soninha. E la nave va...
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