Passada a trapalhada do tragicômico slogan do governo federal "O Brasil voltou, 20 anos em 2", talvez outro escrito pelo garoto prodígio Michelzinho, que aos 7 anos já tinha criado o "Ordem e Progresso", agora ao aprender na escola o correto emprego da vírgula, temos nesta quinta-feira, 17 de maio, mais uma daquelas coincidências históricas inusitadas.
Completamos o 1º aniversário da delação da JBS contra o presidente Michel Temer: e nada aconteceu, apesar da gravação de diálogos comprometedores e antirrepublicanos, além de imagens de carregadores de mala de dinheiro e outros flagrantes de igual teor, que causariam vergonha alheia até na Velhinha de Taubaté, aquela que seria a última pessoa no Brasil a duvidar da honestidade do Presidente da República.
Mas esses defensores fiéis dos mais altos mandatários do País não se limitam à ficção da personagem de Luis Fernando Veríssimo dos tempos do general Figueiredo, nem aos temerários arautos do atual presidente.
Esta quinta-feira marca também a estreia de um documentário que reforça a narrativa petista do "golpe" contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Quem tiver estômago para tanto (argh!), pode pagar para assistir "O Processo", lançado em meia dúzia de salas dos cinemas mais chiques e caros do Brasil.
O que esse pessoal custa a entender, à esquerda ou à direita, no PT, no PSDB ou no "novo" MDB (ex-PMDB, que já foi o velho MDB), é que o brasileiro está farto de todos os corruptos, independente da denominação ou da coloração partidária.
Tirando os beneficiários de um ou de outro esquema, o cidadão comum, honesto e trabalhador, não tem bandido de estimação. Quer cadeia para todo e qualquer político ladrão. Seja Temer ou Lula, Dilma ou Aécio, que se investigue, apure as responsabilidades e condene exemplarmente. Doa a quem doer. Aí sim avançaremos 518 anos em um.